Pesquisadores cearenses criam solução com água de coco que conserva órgãos para transplantes

Uma pesquisa desenvolvida por cientistas da Universidade Estadual do Ceará (Uece) promete transformar a forma como órgãos são preservados para transplante no Brasil. A inovação é uma solução de conservação à base de água de coco desidratada, que além de ser eficaz, tem potencial de reduzir em até 70% os custos do processo, tornando os transplantes mais acessíveis e viáveis, especialmente em regiões com infraestrutura limitada.

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O projeto foi coordenado pelo médico e doutor em Biotecnologia Rômulo Silveira, com orientação da médica Ivelise Brasil, que destacou o impacto da nova tecnologia em um país com desafios logísticos como o Brasil. “Essas soluções que existem hoje são caras e importadas. A ideia era criar algo nacional, acessível e eficiente”, explica Silveira.

A pesquisa já teve sua patente concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) — a sexta da universidade — e agora segue para as próximas fases de validação e regulamentação, que podem levar entre 5 a 10 anos, dependendo de investimentos e parcerias com a iniciativa privada.

Para pacientes como Adriana Gurgel, de 61 anos, que aguarda há anos na fila de transplante renal, a novidade acende uma esperança. “É muito bom que as pessoas vejam isso e se motivem a doar. A gente precisa de doações e de iniciativas como essa para salvar vidas”, disse a aposentada, que faz hemodiálise regularmente.

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O vice-reitor da Uece, Dárcio Teixeira, celebrou a conquista científica e destacou que a universidade busca parcerias para transformar o conhecimento gerado em benefício direto à população. A expectativa é que, com apoio, a solução possa chegar aos hospitais brasileiros nos próximos anos e contribuir com o maior programa de transplantes públicos do mundo, financiado integralmente pelo SUS.

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