As negociações comerciais, especialmente entre Estados Unidos e China, causam instabilidade no mercado global de carne suína. A avaliação está em um estudo do banco holandês Rabobank.
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O trabalho destaca que a China vem diminuindo importações de carne suína dos Estados Unidos nos últimos anos, ao mesmo tempo em que eleva seu plantel. Mas ainda é um dos principais destinos do produto americano.
“O desfecho das atuais negociações entre os dois países pode ter implicações de longo alcance para o comércio global. Enquanto isso, o rápido crescimento das exportações do Brasil e um modesto aumento dos embarques europeus em 2025 estão intensificando a concorrência por novos mercados”, diz o banco.
Milho e soja
O estudo do Rabobank cita ainda que os preços do milho estão em baixa na bolsa de Chicago, pressionados pelas boas condições climáticas nas lavouras americanas e pelo avanço da segunda safra de milho no Brasil.
Na terça-feira (12/8), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou suas projeções para a safra mundial e americana do cereal. Nesta quarta-feira (13/8), as cotações subiram, mas os principais contratos acumulam queda.
“Já os mercados de soja e farelo de soja apresentam sinais mistos. As propostas de mandatos para biocombustíveis da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) para 2026 e 2027 sustentam os preços da soja, ao mesmo tempo que exercem pressão de baixa sobre os preços do farelo de soja”, diz o banco.
Sanidade
Os técnicos do banco holandês afirmam ainda que a sanidade dos plantéis ainda é uma preocupação global. A peste suína africana (PSA) continua se espalhando em partes da Ásia e da Europa, enquanto o vírus da síndrome reprodutiva e respiratória dos suínos (PRRSv) prejudica a produtividade na América do Norte e na Espanha.
“A febre aftosa adiciona mais incerteza ao comércio. Medidas como biossegurança avançada, automação e operações não tripuladas ajudam a mitigar esses riscos”, diz o Rabobank.