Mulheres já lideram 56% dos lares no Ceará, aponta IBGE

Mais da metade dos lares cearenses são chefiados por mulheres. É o que mostra os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) 2024, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme o estudo, 56% dos mais de 3,2 milhões de domicílios do estado têm uma mulher como responsável.

O cenário representa uma inversão em relação a 2015, quando os homens eram responsáveis por 58% das casas no Ceará. A mudança começou a se consolidar entre 2020 e 2021, quando, pela primeira vez desde 2012, as mulheres ultrapassaram a marca de 50% no comando dos lares.

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Arranjos familiares

O levantamento do IBGE considera diferentes arranjos familiares. No Ceará, as mulheres são maioria entre os lares nucleares — formados por casais, com ou sem filhos, ou por mães ou pais solo. Nesse grupo, elas lideram 55% dos 2,1 milhões de domicílios, mais de 1,1 milhão no total.

Já entre as famílias estendidas — quando a responsável divide a casa com ao menos um parente que não seja cônjuge ou filho —, a presença feminina é ainda mais expressiva: 68% dos 580 mil lares estão sob liderança de mulheres.

Por outro lado, os homens predominam nos lares unipessoais (quando a casa é habitada por apenas uma pessoa) e nos arranjos compostos, em que a residência reúne responsáveis, parentes e pessoas sem vínculo familiar, como agregados ou pensionistas.

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Ceará no ranking nacional

O Ceará ocupa a 6ª posição no país em proporção de mulheres chefes de família, com 55,9%. O ranking é liderado por Pernambuco, onde três em cada cinco domicílios (60%) têm mulheres à frente, seguido por Maranhão, Sergipe, Alagoas e Rio Grande do Norte — todos estados nordestinos.

Nos lares nucleares, o Ceará mantém a 6ª colocação; entre as famílias estendidas, cai para a 7ª posição. Já nos arranjos compostos, aparece em 22º lugar, evidenciando maior presença masculina.

Mudança histórica

A série histórica revela a dimensão da transformação. Em 2012, apenas 30% das famílias nucleares do Ceará tinham uma mulher como chefe; em 2021, os percentuais se igualaram e, em 2022, elas passaram a liderar 53% desses domicílios.

O levantamento é parte da PNAD Contínua 2024, que analisou dados de cerca de 168 mil domicílios em todo o Brasil. As informações ajudam a traçar o retrato das famílias brasileiras e sua dinâmica social e econômica.

 

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