Morre o empresário Roberto Macêdo, ex-presidente da Fiec

A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) anunciou, na manhã desta terça-feira (11), a morte do empresário e ex-presidente da instituição Roberto Proença de Macêdo, aos 81 anos. Ex-presidente da entidade e uma das figuras centrais da indústria cearense, ele era presidente do Conselho de Administração do grupo J. Macêdo. A Fiec decretou luto oficial de três dias.

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O velório será realizado a partir das 10 horas, na Funerária Ternura, onde também haverá missa às 14 horas. O sepultamento está marcado para as 16 horas, no cemitério Parque da Paz.

Em nota, o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, afirmou que Roberto Macêdo teve papel decisivo no desenvolvimento industrial do estado, deixando uma marca construída com “coragem, disciplina e compromisso com o desenvolvimento coletivo”. Cavalcante destacou ainda o vínculo pessoal com o empresário, a quem descreveu como “amigo irmão” e “conselheiro constante”.

Ao lado do irmão, Amarílio de Proença Macêdo, Roberto deu continuidade à empresa fundada pelo pai, José Dias de Macêdo, que deu origem ao grupo J. Macêdo. Com mais de oito décadas de atuação, o grupo tornou-se um dos principais do setor alimentício no país, reunindo nove marcas e oito unidades industriais — incluindo quatro moinhos e três fábricas nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul.

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A J. Macêdo é dona de marcas tradicionais, como a Dona Benta, referência no mercado nacional de farinha de trigo. Junto à M. Dias Branco e ao Grande Moinho Cearense, o grupo é um dos maiores importadores de trigo do país, com operação concentrada no Porto do Mucuripe, por meio da Tergran.

A história da família, originária de Camocim, começou a se consolidar no comércio de veículos e, posteriormente, na moagem de trigo, área que impulsionou a expansão nacional da empresa. Ao longo das décadas, o grupo também atuou em setores como cervejaria, alimentos, indústria e distribuição, além de ter passado por processos de modernização e ampliação de suas unidades produtivas. No último ano, a J. Macêdo CAP — uma das companhias que compõem o grupo — registrou lucro líquido de R$ 352,2 milhões.

Roberto Macêdo deixa um legado que se confunde com a própria história recente da industrialização do Ceará, marcado pela consolidação de um grupo empresarial de alcance nacional e pela defesa do desenvolvimento econômico do estado.

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