Ele era coordenador do Grupo ETCO, da Unesp de Jaboticabal, e professor-adjunto na universidade O professor Mateus Paranhos, um dos maiores especialistas em bem-estar animal no Brasil, faleceu neste sábado (5), informou o Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal (Grupo ETCO), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Jaboticabal (SP).
Paranhos, que era graduado em Zootecnia pela Unesp Jaboticabal, doutorado em Psicobiologia pela Universidade de São Paulo, e pós-doutorado em Bem-Estar Animal pela Universidade de Cambridge, era fundador e coordenador do Grupo ETCO. Também era professor-adjunto no Departamento de Zootecnia da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp.
“Seu legado continua em cada pesquisador formado pelo Grupo ETCO da Unesp de Jaboticabal, SP, como também em cada pesquisa realizada e artigo, livro, entrevista e reportagem”, diz mensagem publicada na rede social do grupo ETCO.
De acordo com a publicação, “se o Brasil é uma referência no bem-estar animal” muito se deve à persistência, observação e contribuição do especialista, que tinha um lema: “Acredite no bem-estar animal simplesmente porque é bom”.
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Uma das bandeiras de Paranhos era a objeção ao uso da marca a fogo na face dos bovinos para fins de controle da vacinação contra a brucelose e outras finalidades.
A Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP) divulgou nota de pesar afirmando que “Mateus Paranhos foi uma referência inquestionável na área de Zootecnia, dedicando sua vida ao ensino, à pesquisa e à promoção do Bem-estar Animal, área na qual se destacou como um dos profissionais mais influentes do país.”
A ANCP lembra que o nome de Paranhos esteve sempre associado a diversos projetos e iniciativas nacionais e internacionais, como a atuação junto a Agência para Agricultura e Alimentação na Organização das Nações Unidas (FAO) , e no Comitê de Bem-estar Animal da Comissão Europeia. “Sua dedicação à causa animal inspirou não só estudos científicos, mas também mudanças práticas e éticas dentro e fora do Brasil”, afirma a nota.