Mortes estão concentradas em São Paulo, Rio de Janeiro e Alagoas O Ministério da Agricultura atualizou para 222 o número de cavalos mortos por suspeita de terem consumido rações da empresa Nutratta Nutrição Animal. Há duas semanas, o número de óbitos chegava a 122.
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O ministério deu início às investigações do caso em 26 de maio deste ano. Até o momento, o Pasta informou que as mortes de cavalos estão concentradas nos Estados de São Paulo (83), Rio de Janeiro (69), Alagoas (65), Goiás (4) – onde fica a sede da Nutratta – e Minas Gerais (1).
Além disso, o ministério investiga novas informações recebidas sobre mortes de equinos em outras localidades, incluindo: 40 no sudoeste da Bahia, 70 em Goiânia (GO), 34 em Jarinu (SP), 10 em Santo Antônio do Pinhal (SP), 18 em Uberlândia (MG), 8 em Guaranésia (MG), 8 em Jequeri (MG) e 7 em Mariana (MG). Até o momento, os casos apresentaram associação com o consumo de rações da empresa de nutrição animal.
“Ressalta-se, no entanto, que a apuração desses novos casos tem sido dificultada pela ausência de comunicação formal via Ouvidoria, que é o canal oficial para registro das denúncias”.
Outro fator que dificulta o trabalho de fiscalização é a natureza dos sintomas apresentados pelos animais, que podem surgir tardiamente após a interrupção do uso da ração.
“A evolução clínica dos equinos, marcada por insuficiência hepática seguida de piora repentina, tem tornado ainda mais complexa a estimativa precisa do número total de óbitos”, destacou a Pasta.
O ministério esclareceu que desde o recebimento da primeira denúncia, realizou duas fiscalizações na sede da Nutratta, que possui uma linha de produção destinada à fabricação de rações para equinos e ruminantes.
Durante as inspeções os fiscais constataram irregularidades que motivaram a suspensão cautelar da atividade de fabricação de todas as rações da empresa.
Por fim, o Ministério da Agricultura informou que a Nutratta impetrou mandado de segurança contra as medidas adotadas, e a Pasta já prestou os devidos esclarecimentos ao Poder Judiciário, e agora aguarda a decisão judicial.
A reportagem entrou em contato com a Nutratta para saber o posicionamento da empresa sobre o caso, mas não obteve retorno até a publicação desta nota.