
As chuvas em regiões agrícolas dos Estados Unidos deram o tom negativo para os preços dos grãos negociados na bolsa de Chicago. O destaque desta segunda-feira (21/7) ficou com o milho, que registrou queda de 1,29% (550 pontos), para US$ 4,2225 o bushel.
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“O último fim de semana foi marcado por chuvas em muitas regiões produtoras de grãos americanas. Esse clima trouxe alívio para o mercado, já que os mapas anteriormente mostravam calor acima da média. Essas chuvas beneficiam as condições das lavouras, mesmo que as altas temperaturas persistam”, diz Ale Delara, sócio da Pine Agronegócios.
Ele lembrou, ainda, que o milho caiu após valorização de mais de 3% na semana passada.
A soja registrou preços mais baixos, impactada pelas mesmas questões que direcionaram o fechamento do milho. Os contratos da oleaginosa com entrega para para agosto fecharam em queda de 1,24% (1275 pontos), a US$ 10,15 o bushel.
Além das questões climáticas que podem impactar o desenvolvimento da safra, o analista da Pine também vê impactos da guerra tarifária para a formação do preço.
“Diplomatas da União Europeia e do Japão anunciaram que não há boas perspectivas para a conclusão de um acordo comercial com os EUA e devem aplicar tarifas retaliatórias contra eles. Isso enfraquece as projeções para as exportações agrícolas americanas”, afirma.
Trigo
Por fim, o trigo fechou a sessão com preços em leve queda. Os contratos para setembro tiveram baixa de 0,73% (400 pontos), a US$ 5,4225 o bushel.
A percepção de oferta crescente do cereal mantém os valores futuros em um canal de desvalorização. Apesar do atraso em relação ao ano passado, a colheita do trigo de inverno segue sem grandes problemas nos EUA. Além disso, o clima úmido atualmente beneficia os cultivos de primavera no país.
“Diplomatas da União Europeia e do Japão anunciaram que não há boas perspectivas para a conclusão de um acordo comercial com os EUA e devem aplicar tarifas retaliatórias contra eles. Isso enfraquece as projeções para as exportações agrícolas americanas”, afirma.