A MBRF, companhia resultante da fusão entre BRF e Marfrig, anunciou a conclusão de sua oitava emissão de debêntures, no valor de R$ 2,375 bilhões, a maior já realizada pelo grupo. Segundo comunicado, a operação foi estruturada na BRF por meio de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), em quatro séries, com vencimentos que vão de 2030 a 2055, com o intuito de alongar o perfil de seu endividamento.
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Para chegar ao montante total, a MBRF exerceu um lote adicional de R$ 475 milhões, correspondente a 25% do volume base, dada a demanda dos investidores.
“A elevada demanda também permitiu à companhia reduzir as taxas de todas as quatro séries emitidas, com uma compressão média de 0,22 ponto percentual ao ano, o que representa uma economia estimada de cerca de R$ 5 milhões em despesas financeiras por ano”, afirmou a companhia.
Considerando uma base comparável, o custo final da operação ficou em CDI + 0,25% ao ano, o menor custo já alcançado pelo grupo em uma emissão no mercado de capitais local.
O prazo de 30 anos de uma das séries é o mais longo já emitido pela companhia no mercado doméstico, o que contribui para um prazo médio superior a 10 anos para a operação como um todo.
“O alongamento relevante dos vencimentos contribui para o fortalecimento da estrutura de capital da companhia e amplia nossa flexibilidade financeira para a execução do plano de negócios no longo prazo”, disse Jose Ignacio Scoseria, diretor vice-presidente de Finanças, Relações com Investidores, Gestão e Tecnologia da MBRF, em nota.