
Os frigoríficos Marfrig e BRF anunciaram hoje (15/7) a remarcação de suas assembleias gerais extraordinárias (AGE) para deliberar sobre a fusão das duas empresas. Os acionistas da BRF vão se reunir no dia 5 de agosto, às 11h, e os acionistas da controladora, Marfrig, se reunirão na mesma data, às 15h.
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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já adiou por duas vezes a realização de assembleia sobre a fusão. A autarquia entendeu que as companhias não cumpriram com a determinação para apresentação de documentos que mostrassem como comitês independentes contratados chegaram na relação de troca de 0,85 da ação da Marfrig para cada ação da BRF, conforme a proposta da fusão.
Uma das suspensões aceitas pela CVM foi feita a pedido do fundo de pensão do Banco do Brasil, a Previ, que era acionista da companhia de alimentos. Ontem (14/7), a Previ informou que concluiu na sexta-feira (11/7) o processo de desinvestimento do plano 1 (de previdência privada) na BRF, encerrando um ciclo de mais de três décadas no ativo.
Questionamentos
Em comunicado, o fundo relatou questões de governança acerca da fusão entre BRF e Marfrig e disse que a companhia combinada adicionaria “uma camada de risco incompatível” para os seus investimentos.
A notícia de que o fundo saiu da BRF pesou sobre as ações da companhia de alimentos ontem, na B3, que terminaram com a maior queda do Ibovespa, de 4,55%. Hoje, às 14h50, os papéis da empresa recuavam 0,76%, enquanto as ações da Marfrig subiam 1,13%.
Passados os entraves com a Previ, a fusão ainda enfrenta questionamentos da concorrente Minerva Foods, que entrou com recurso no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no final de junho contra a operação, solicitando a reavaliação do processo.