
Local está fechado para visitação e não há previsão para reabertura O governo do Estado do Rio Grande do Sul confirmou que 90 aves aquáticas, entre cisnes, marrecos e patos, morreram devido à gripe aviária no Parque Zoológico de Sapucaia do Sul (RS), na região metropolitana de Porto Alegre. A confirmação foi feita nesta sexta-feira (16/5), durante coletiva de imprensa realizada na Secretaria Estadual da Agricultura.
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Dessa forma, o Rio Grande do Sul registra oficialmente dois casos de gripe aviária. Mais cedo, havia sido confirmado um caso em granja de aves para reprodução na cidade de Montenegro, a 50 quilômetros de Sapucaia do Sul. Esse foi o primeiro caso, em todo o Brasil, de gripe aviária em aves comerciais.
Até então, o caso era tratado apenas como “suspeito”. No entanto, a coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola, Amanda Kowalski, destacou que o foco já vinha sendo tratado como positivo “para se ganhar tempo”.
O zoológico está fechado para visitação desde quarta-feira (14/5) e não há previsão para reabertura. Segundo a Secretaria do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, as mortes de aves aquáticas ocorreram repentinamente, sem sintomas específicos.
Atualmente, o espaço abriga cerca de 130 espécies, entre répteis, aves e mamíferos, somando mais de mil animais. Além dos animais silvestres, conta com um plantel de espécies domésticas, entre elas 500 cisnes e marrecas.
Segundo Amanda, os procedimentos em caso de foco em animais silvestres são diferentes de criações comerciais. Portanto, não será preciso fazer o abate sanitário das demais aves do zoológico, como ocorreria com os animais de uma granja. Os técnicos do local estão acompanhando a situação para identificar se novos focos surgirão.
Esse é o terceiro caso registrado de focos gripe aviária em animais silvestres no Rio Grande do Sul. Em maio e junho de 2023, mais de 60 aves, da espécie cisne-de-pescoço-preto, morreram devido à doença na Estação Ecológica do Taim, no extremo sul do Estado. Em fevereiro de 2024, foi identificado um foco em um açude no interior do município de Rio Pardo, onde duas caraúnas (ou maçaricos) estavam infectados.