Os produtos contrabandeados estavam armazenados em depósitos clandestinos Uma operação conjunta realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pela Força Nacional resultou na apreensão de 202 quilos de agrotóxicos contrabandeados do Paraguai na terça-feira (1/6). Os produtos estavam armazenados em depósitos clandestinos em uma fazenda localizada em área declarada como Terra Indígena Guyraroka, no município de Caarapó, em Mato Grosso do Sul.
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A ação foi coordenada pelo Ministério Público Federal (MPF) em Dourados (MS) e contou com o apoio das Polícias Judiciária e Técnico-Científica. A operação teve início após denúncias sobre o armazenamento irregular de defensivos agrícolas em uma área de mata fechada, situada em reserva legal e zona de proteção ambiental. Técnicos do Ibama e agentes da Força Nacional confirmaram a ocorrência do crime ambiental.
Segundo o Ibama, um dos pontos de estocagem dos agrotóxicos só pôde ser acessado com o uso de trator, devido à vegetação densa e à camuflagem utilizada para esconder os produtos. Todo o material foi identificado e quantificado. Posteriormente, os agrotóxicos foram encaminhados à Receita Federal, enquanto a Polícia Federal ficará responsável pela investigação criminal dos crimes de contrabando.
O Ibama informou que está apurando a responsabilidade do proprietário da área. As medidas administrativas em andamento incluem aplicação de multas, possível embargo da lavoura e apreensão da produção de milho nos locais onde os produtos foram encontrados. Até o momento, as autuações já totalizam R$ 875 mil.
As instituições envolvidas afirmam que a operação tem como objetivo proteger os direitos dos povos indígenas e garantir a segurança das terras já reconhecidas oficialmente, mas que continuam sendo ocupadas por propriedades rurais. A Terra Indígena Guyraroka tem sido alvo de diversas denúncias relacionadas ao uso irregular e à pulverização aérea de agrotóxicos.
