Luizianne Lins completa cinco dias detida em Israel após interceptação de flotilha humanitária

Cinco dias após ser detida por forças israelenses em águas internacionais, a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) continua presa na penitenciária de Ketziot, no deserto de Negev, em Israel. A parlamentar participava da Flotilha Global Sumud, missão humanitária com destino à Faixa de Gaza que levava alimentos, água potável e suprimentos médicos ao povo palestino. A interceptação ocorreu no último dia 2 de outubro, fora do mar territorial de Israel.

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Durante visita consular brasileira nesta segunda-feira (6), os detidos denunciaram condições degradantes na prisão, como uso de violência psicológica, falta de tratamento médico e audiências judiciais sem presença de advogados. Luizianne e outros brasileiros só tiveram acesso a medicamentos após forte pressão diplomática por parte do governo brasileiro.

Segundo os advogados que acompanham o caso, há decisão judicial autorizando a deportação de todos os integrantes da missão humanitária, o que permitiria a saída imediata dos brasileiros do território israelense. Até o momento, cerca de 300 participantes já foram deportados, mas Luizianne e outros brasileiros seguem detidos, sem data definida para liberação.

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O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, tem atuado para garantir a segurança e a liberdade dos cidadãos detidos. Em nota, parlamentares e entidades civis exigem a libertação imediata da deputada e dos demais brasileiros, classificando a detenção como ilegal e uma violação de direitos humanos. O apelo por apoio internacional e mobilização popular tem crescido nas redes sociais.

Lula se manifesta

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou publicamente nesta segunda-feira, criticando a ação de Israel. “Israel violou as leis internacionais ao interceptar os integrantes da Flotilha Global Sumud com cidadãos brasileiros, fora de seu mar territorial. E segue cometendo violações ao mantê-los detidos em seu país”, escreveu Lula nas redes sociais.

Lula afirmou que desde o início do episódio acionou o Ministério das Relações Exteriores para prestar todo o suporte necessário. “Dei o comando para que se usem todas as ferramentas diplomáticas e legais, junto ao Estado de Israel, para que essa situação absurda se encerre o quanto antes”, disse o presidente.

A Flotilha Global Sumud tinha como objetivo romper simbolicamente o bloqueio imposto à Faixa de Gaza, alertando para a crise humanitária enfrentada pela população palestina. A detenção da deputada brasileira em território estrangeiro reacende debates sobre a atuação de Israel em relação a missões internacionais e sobre a responsabilidade dos governos em proteger seus cidadãos no exterior.

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