A obra venceu nas categorias “Best Spirits Free Book in the World” e “Drinks History” O Brasil conquistou o primeiro lugar em duas categorias do ‘Gourmand World Cookbook Awards’, uma das premiações mais prestigiadas do mundo no segmento de gastronomia e bebidas, com o livro “200 anos 200 cachaças”, lançado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

A obra venceu nas categorias “Best Spirits Free Book in the World” e “Drinks History”. A cerimônia de premiação aconteceu no último dia 19 de junho, no Centro de Congressos de Estoril, em Portugal, e marcou os 30 anos do Gourmand Awards — considerado o “Oscar da Gastronomia”.
A auditora fiscal federal agropecuária Andréia de Oliveira Gerk, editora e autora do livro, recebeu o prêmio em nome da equipe. A obra foi produzida com apoio do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) e do Sebrae para celebrar o Bicentenário da Independência do Brasil por meio de uma curadoria de 200 rótulos nacionais, todos provenientes de pequenos e médios produtores.
A publicação de acesso gratuito, recebeu elogios pelo projeto gráfico, qualidade editorial e relevância histórica. Durante o evento, algumas das cachaças retratadas na obra foram degustadas por participantes de 83 países — entre elas, marcas tradicionais como Germana (MG), Nobre (PB), e Companheira (PR).
De acordo com a equipe organizadora da publicação, o reconhecimento internacional da cachaça ocorre em um momento estratégico, em que o setor busca ampliar mercados e promover a bebida como símbolo da identidade e diversidade brasileira.
“A cachaça ficou lado a lado com publicações sobre conhaque, rum, pisco, vinho e raki. Isso mostra que nossa bebida nacional pode e deve ocupar espaço de destaque no cenário global”, disse Andréia Gerk durante a premiação.
Segundo os organizadores, o Gourmand Awards 2024 e 2025 reuniram mais de 1.200 obras de 221 países, e o Brasil teve presença destacada com outras publicações sobre vinho e design de bebidas. Contudo, essa é a primeira vitória de um livro sobre cachaça desde 2015.
O reconhecimento deve impulsionar novas iniciativas para divulgar a cachaça fora do Brasil. “Precisamos investir cada vez mais em livros bilíngues e trilíngues que apresentem a cachaça aos futuros apreciadores internacionais”, reforçou Gerk.
(Colaborou Rafael Walendorff, de Brasília)