Jogador amador morre após levar chute no rosto durante partida no interior do Ceará

O jogador de futebol amador Rair Gomes, de 28 anos, morreu neste domingo (1º) no Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), em Quixeramobim, uma semana após levar um chute acidental no rosto durante uma partida em Parambu, no interior do Ceará. A família denuncia negligência médica no atendimento prestado ao atleta.

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O acidente aconteceu no dia 25 de maio, durante um jogo na localidade de Serrote Queimado, na zona rural de Parambu. Segundo Eva, esposa de Rair, ele subiu para cabecear a bola quando foi atingido acidentalmente no rosto pelo chute de um adversário. Na queda, sofreu um traumatismo craniano encefálico (TCE).

Logo após o acidente, Rair foi levado ao Hospital Municipal de Parambu, onde fez uma tomografia que confirmou a gravidade do quadro. Em seguida, foi transferido para o Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), em Quixeramobim, após não conseguir vaga em Fortaleza.

Apesar do diagnóstico, a esposa afirma que o hospital de Quixeramobim deu alta a Rair no dia seguinte, 26, orientando que ele aguardasse em casa até uma cirurgia marcada para 4 de junho. Durante o trajeto de volta, o quadro do jogador piorou, ele teve febre, vômito, fortes dores de cabeça e convulsões.

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Sem ambulância disponível, a família fez o deslocamento por meios próprios até Tauá, onde buscaram atendimento emergencial. Segundo a esposa, o atendimento foi superficial, com administração de dipirona, mesmo com a piora evidente do quadro.

Durante nova transferência para Quixeramobim, ele sofreu uma parada cardiorrespiratória e chegou inconsciente ao hospital. Foi intubado, mas desenvolveu uma infecção pulmonar e, no dia 29 de maio, foi diagnosticado com morte cerebral. Após avaliações médicas, os aparelhos foram desligados no domingo (1º).

A esposa, Eva, denuncia que a alta precoce e a demora na realização da cirurgia foram fatores determinantes para o agravamento e morte do marido. “Estamos destruídos. Houve negligência, ele não deveria ter sido liberado com um quadro tão grave”, desabafa.

A Secretaria da Saúde do Ceará e o Hospital Regional do Sertão Central ainda não se pronunciaram oficialmente sobre as acusações até o momento.

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