Insegurança alimentar grave recua e quase 150 mil pessoas deixam de passar fome no Ceará, aponta IBGE

O número de pessoas que enfrentam a fome no Ceará apresentou uma redução significativa em 2024. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua): Segurança Alimentar 2024, divulgada nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 150 mil cearenses deixaram de viver em situação de insegurança alimentar grave no último ano.

Em 2023, aproximadamente 540 mil pessoas estavam nessa condição. Já em 2024, o número caiu para 391 mil, o que representa uma redução de 28%. Com esse resultado, o Ceará ocupa o 5º lugar no Nordeste e o 12º no País entre os estados que mais reduziram a fome.

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A pesquisa foi realizada em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, durante o quarto trimestre de 2024, e avalia a capacidade das famílias brasileiras de acesso regular e permanente a alimentos em quantidade e qualidade suficientes.

O governador Elmano de Freitas comemorou a melhora dos indicadores e ressaltou a importância das ações do programa Ceará sem Fome, política pública estadual voltada ao enfrentamento da insegurança alimentar.

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“Seguiremos firmes, garantindo comida no prato dos cearenses com o Programa Ceará sem Fome, que distribui 130 mil refeições todos os dias e beneficia 48 mil famílias com o cartão alimentação. Seguimos trabalhando por um Ceará com mais dignidade e sem fome”, afirmou o governador.

Ações de combate à fome

O Ceará sem Fome atua em todos os 184 municípios do Estado e já distribuiu mais de 502 toneladas de alimentos a 300 entidades credenciadas desde o início do programa. Atualmente, o Estado conta com 1.300 cozinhas comunitárias em funcionamento — com meta de chegar a 1.500 até o fim de 2025 — e já soma mais de 50 milhões de refeições servidas.

O investimento do Governo do Estado ultrapassa R$ 352 milhões, segundo dados oficiais. Além da alimentação, o programa também promove capacitação profissional: cerca de 18 mil beneficiários já participaram de cursos nas áreas de finanças, gastronomia e empreendedorismo, visando garantir autonomia e geração de renda às famílias atendidas.

A tendência de queda na insegurança alimentar grave reforça os impactos das políticas públicas e das iniciativas locais no enfrentamento à fome no Ceará — um desafio ainda presente, mas que, segundo os dados do IBGE, tem apresentado avanços concretos.

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