
Do lado das quedas, destacam-se açúcar e cereais, informa a FAO O Índice de Preços de Alimentos, calculado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), atingiu a média de 128 pontos em junho deste ano, aumento de 0,5% em relação a maio. Essa elevação se deu após o aumento dos preços de laticínios, carnes e óleos vegetais. Na comparação com junho de 2024, o índice registrou elevação de 5,8%.
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No mês passado, o destaque ficou com o Índice de Preços do Óleo Vegetal, que avançou 2,3% na comparação com maio e avançou 18,2% na comparação com junho de 2024.
Segundo a FAO, o aumento refletiu principalmente os preços mais altos do óleo de palma, canola e soja, mais do que compensando uma ligeira queda nos preços do óleo de girassol.
“Os preços internacionais do óleo de palma subiram quase 5% em junho, em grande parte sustentados pela forte demanda global de importação em meio ao aumento da competitividade de preços”, disse a FAO.
Já os valores do óleo de soja também subiram em junho, influenciados pelas expectativas de maior demanda por matéria-prima do setor de biocombustíveis após os anúncios de medidas políticas de apoio no Brasil e nos Estados Unidos.
Sobre o Índice de Preços da Carne, a FAO indicou alta de 2,1% em relação a maio e de 6,7% em relação ao seu valor no ano anterior, marcando um novo recorde.
O aumento foi impulsionado por preços mais altos em todas as categorias de carne, exceto aves.
Os preços globais da carne bovina atingiram um novo pico, refletindo a oferta mais restrita de exportação do Brasil e a forte demanda dos Estados Unidos da América, o que exerceu pressão ascendente sobre os preços de exportação australianos. As cotações da carne suína aumentaram devido à firme demanda global de importação em meio à oferta estável.
Por outro lado, a FAO disse que os preços da carne de aves continuaram a cair, pressionados pela ampla oferta doméstica no Brasil após a introdução de restrições à exportação após a detecção da gripe aviária de alta patogenicidade em meados de maio no Brasil.
No caso dos laticínios, o índice da FAO teve aumento de 0,5% em junho, e ainda elevação de 20,7% em relação a um ano antes. A tendência ascendente contínua foi impulsionada principalmente pela persistente restrição de oferta na Oceania e na União Europeia, juntamente com a forte demanda de importação da Ásia.
Pelo lado das quedas, o destaque ficou com o Índice de Preços do Açúcar, com recuo de 5,2% em relação a maio, marcando o quarto declínio mensal consecutivo e o menor nível desde abril de 2021.
O declínio foi principalmente resultado da melhora das perspectivas de oferta nos principais países produtores, como o Brasil, além de Índia e Tailândia, que melhoraram as perspectivas da safra para a temporada 2025/26, contribuindo ainda mais para a queda dos preços globais.
Por fim, o Índice de Preços de Cereais da FAO caiu 1,5% em relação a maio e ainda 6,8% abaixo do valor do ano anterior. Os preços globais do milho caíram acentuadamente pelo segundo mês consecutivo, à medida que o aumento da oferta sazonal na Argentina e no Brasil intensificou a concorrência entre as principais origens de exportação.
Por outro lado, apesar da pressão da colheita no Hemisfério Norte, os preços internacionais do trigo aumentaram na comparação mensal, refletindo principalmente preocupações climáticas em algumas áreas produtoras importantes, como Rússia, partes da União Europeia e Estados Unidos.