Grupo Agro Pico & Lage teve deferido pedido de RJ após dívidas de R$ 35 milhões O Grupo Agro Pico & Lage, que atua na produção de soja e milho, com sede em Caldas Novas Goiás, teve deferido no último dia 12 de junho seu pedido de recuperação judicial.
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O grupo acumula dívidas de R$ 35 milhões, e alega que entrou em crise financeira na safra 2022/23, após problemas com o clima que afetaram a produção e ainda a queda no preço da soja. São 60 credores na lista da empresa, entre eles, Banco do Brasil, Sicoob, Agrolend e revendas de insumos.
De acordo com a Quist Investimentos, que coordena a RJ em conjunto com a RM&F Advogados, o grupo pretende manter as operações normalmente durante o processo na Justiça. Os escritórios enfatizam que não há uma crise operacional, apenas uma crise de estrutura de capital. Os advogados reiteram que não há previsão de venda de ativos ou mudança de estrutura societária no momento.
“O caso do grupo é típico do produtor rural brasileiro em 2025. Adquiriu a dívida para capital de giro em investimentos. Mas os juros base saíram de dois para quase 15%. Além disso, a soja saiu de R$180 para R$100 a saca, mudando todos os planejamentos. É por isso que tantos produtores nessa condição tem pedido recuperação judicial como única alternativa de continuar os seus negócios e não perder seus patrimônios”, avalia Douglas Duek, CEO da Quist.
