Veto catarinense se aplica a cargas de municípios próximos do foco descoberto em Montenegro (RS) O governo de Santa Catarina proibiu a entrada de aves vivas e ovos comerciais e férteis de 12 cidades do Rio Grande do Sul após o caso confirmado de gripe aviária em uma granja de Montenegro (RS), na última sexta-feira (16/5), pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
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O veto catarinense se aplica a Cachoeirinha, Canoas, Capela Santana, Esteio, Gravataí, Montenegro, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Portão, São Leopoldo, Sapucaia do Sul e Triunfo, municípios próximos ao foco de gripe aviária, e é uma das medidas imediatas de contenção, mitigação e prevenção à disseminação do vírus no Estado.
“Comunicamos que está autorizado o ingresso no território catarinense de aves vivas e ovos férteis, oriundas do Estado do Rio Grande do Sul, excetuando-se aquelas provenientes dos municípios integrantes da zona de contenção do foco”, destaca o documento emitido pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc).
Além de Santa Catarina, Goiás, que ocupa a quarta posição no ranking nacional de produção de aves, decretou, nesta segunda-feira (19/5), emergência zoossanitária preventiva para evitar qualquer risco da entrada da doença.
Caso suspeito
As autoridades sanitárias nacionais investigam mais um caso suspeito da doença altamente contagiosa em granja comercial de Ipumirim, no Oeste de Santa Catarina. Outro que era analisado, em Aguiarnópolis (TO), foi descartado. Além destes, quatro estão relacionados à aves de subsistência – Brasilândia (MT), Gracho Cardoso (SE) e Salitre (CE) e Triunfo (RS).
A doença é causada por variantes do vírus Influenza e atinge aves silvestres, domésticas e também mamíferos, como o gado. No mundo, o primeiro foco foi identificado em 1878, na Itália, e era chamado de praga aviária. O Brasil ainda não havia registrado a presença do vírus em aviários. Os casos no país, até o momento, conforme o Ministério da Agricultura, haviam sido em aves silvestres e criações de subsistência, todos a partir de 2023.