
Minas Gerais tem maioria das suspeitas no país A Defesa Sanitária do Rio Grande do Sul retirou as quatro barreiras fixas no entorno de Montenegro (RS), onde houve o primeiro registro de gripe aviária de alta patogenicidade em granja comercial no Brasil. Os postos passaram a funcionar apenas como barreiras móveis, com variação de horários e locais.
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As autoridades justificaram a mudança na estabilidade no controle do vírus e à ausência de novos casos na região. O vazio sanitário de 28 dias na área em torno do foco da doença se encerra em 18 de junho. Se não houver nenhum outro registro até essa data, a região volta a ser livre da doença.
“A mudança visa a maximizar o fator surpresa e melhorar a mobilização das equipes de fiscalização”, afirma Rosane Collares, diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA).
A rotina de vistorias em propriedades rurais também passou por mudanças. As equipes da defesa sanitária ampliaram o intervalo de visitas nos locais.
Agora, serão em quatro datas, até o dia 17 de junho, em toda a zona de segurança em torno da propriedade onde apareceu o foco da doença. Antes, era a cada três dias no raio de três quilômetros do foco, e a cada sete dias em um raio de 10 quilômetros.
“Esta mudança na estratégia é considerada mais adequada para o atual contexto sanitário e demográfico da região, marcada pela ausência de produções comerciais e pela predominância de pequenas criações familiares”, explica Rosane.
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Maioria das suspeitas está em MG
O Ministério da Agricultura registra 12 suspeitas de gripe aviária de alta patogenicidade sob investigação neste momento. A atualização mais recente das informações é desta segunda-feira, às 8h30.
A maior parte das suspeitas está em Minas Gerais. São oito, seis em criações domésticas e de subsistência, nos municípios de Novo Cruzeiro, Ribeirão das Neves, Mateus Leme, Divinópolis, Bom Despacho e Lagoa da Prata. Em Belo Horizonte e Santo Antônio do Monte, as suspeitas são em aves silvestres.
As autoridades sanitárias avaliam ainda dois possíveis casos de gripe aviária em criações de subsistência em Quixeramobim (CE) e Itajuípe (BA). Em Brasília (DF), está sob investigação uma suspeita em aves silvestres.
O único possível caso de gripe aviária de alta patogenicidade em uma granja comercial está em avaliação no município de Anta Gorda (RS). O local fica a pouco mais de 130 quilômetros de Montenegro e foi onde, no ano passado, houve o registro do primeiro caso de doença de Newcastle no Brasil.