
Primeiro foco da doença em granja comercial pode reduzir em até 150 mil toneladas mensais a quantidade exportada pelo Brasil A confirmação do primeiro caso de gripe aviária em granja comercial do Brasil pode reduzir em até 150 mil toneladas mensais a quantidade de carne de frango exportada pelo país, de acordo com uma fonte experiente do setor. Se esse volume se confirmar, os empresários do ramo avícola deixarão de embolsar até US$ 250 milhões, ou mais de R$ 1 bilhão, por mês.
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O impacto potencial foi calculado com base nas exportações para mercados que ficarão fechados temporariamente para empresas de todo o Brasil e outros que devem restringir compras apenas do Rio Grande do Sul, onde o foco de gripe aviária foi detectado, ou ao município de Montenegro.
China, União Europeia, Argentina e Uruguai já deixaram de comprar carne de aves de todo o Brasil.
A fonte pondera que é difícil medir o impacto e que “tudo pode mudar” de acordo com a reação dos países importadores. Ele calcula redução de volume embarcado entre 75 mil toneladas e 150 mil toneladas mensais.
A aposta principal é que o impacto fique em torno de 100 mil toneladas. “As 150 mil toneladas é o pior cenário, caso vários compradores suspendessem o país todo e deixassem as restrições por um mês inteiro”, explicou.
A fonte lembrou que, no caso de Newcastle no ano passado, alguns importadores flexibilizaram restrições em 15 dias, e o dano potencial não foi atingido.
Já o impacto financeiro pode girar em torno de US$ 200 milhões a US$ 250 milhões por mês.