
Carlos Fávaro ressaltou que outros casos podem surgir, a partir de novas investigações, mas que não serão derivações do primeiro episódio O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta terça-feira (27/5) que o foco de gripe aviária em Montenegro (RS) está encerrado e que não há riscos de aparecer novos casos a partir do vírus que circulou na granja do município gaúcho. Ele ressaltou que outros casos podem surgir, a partir de novas investigações, mas que não serão derivações do primeiro episódio.
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“Nós não estamos livres de novos casos por outras evidências, mas eu já posso dizer com toda certeza: a partir de Montenegro não teremos outros casos. Apesar de o prazo de incubação do vírus ser de 28 dias, com 15 dias, se tivesse escapado [o vírus] lá de dentro já teríamos animais morrendo em outras granjas comerciais. Não tem. Se não tem até agora, não vai ter nos próximos 20 dias”, disse a jornalistas após audiência no Senado.
Fávaro ressaltou que nenhum país do mundo conseguiu impedir a entrada do vírus em plantel comercial após registro em aves silvestres. No Brasil, isso demorou dois anos. Nos Estados Unidos, segundo ele, foram 30 dias. Por lá, os focos já mataram mais de 170 milhões de aves. Aqui, foram 17 mil aves mortas em Montenegro.
“Aconteceu a fatalidade. Ninguém vai conseguir, em tão pouco tempo, restringir o caso”, disse. “Não devemos comemorar crise, nunca queremos vivenciar a crise, mas é o momento de a gente comprovar que o sistema sanitário brasileiro é o melhor do mundo”, afirmou na audiência.
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Sobre o caso em investigação em granja comercial em Anta Gorda (RS), Fávaro disse que há mais “cautela” e “prudência” com a suspeita. “Fazemos um processo laboratorial mais aprofundado, porque esse [granja comercial] é o que gera restrição”, explicou.
Sobre o caso em Tocantins, que segue em investigação, Fávaro praticamente descartou a possibilidade de ser positivo para influenza aviária de alta patogenicidade. “O caso de Tocantins foi colocado em investigação dois ou três dias depois do caso do Rio Grande do Sul. Este vírus é tão letal que se fosse positivo todos os animais que conviveram com ele lá no Tocantins já estavam morrendo, já tinham morrido”, disse.
“A gente tem a segurança de dizer que é só precaução, transparência, que a gente está fazendo todos os testes em laboratório. Mas é praticamente ou certeza de que ele vai dar negativo”, completou.
O ministro também disse que as granjas comerciais já têm um sistema de biosseguridade eficiente, mas que muitas têm reforçado a vigilância e restringido o acesso aos estabelecimentos. “Quando a gente coloca em estado de emergência, todo mundo se alerta mais. Vai corrigir qualquer possível falha na tela da sua granja para que não tenha o risco de um animal entrar. Reforça o acesso aos higienizantes, tanto de veículos em pneus, como dos sapatos das pessoas que adentram as granjas”, explicou.