Os contratos futuros de grãos iniciam a terça-feira (30/12) próximos da estabilidade na Bolsa de Chicago, com baixo volume de negociações.
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A soja, que recuou 0,84% na sessão anterior em meio à ampla oferta e à demanda mais tímida, registra leve alta de 0,05% nesta manhã. Os contratos para março são negociados a US$ 10,64 por bushel.

Em um cenário com poucos fatores altistas, a oleaginosa encontra algum suporte na onda de calor e na falta de umidade no centro da Argentina, segundo a consultoria Granar. Ao longo do pregão, o mercado acompanha atentamente possíveis notícias positivas no front das exportações, como eventuais novas compras por parte da China.

No Brasil, após o país ter exercido pressão baixista sobre os preços ontem devido a relatos do início da colheita, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) não apontou avanço dos trabalhos em Mato Grosso. No entanto, registrou aumento de 1% na área apta à colheita no Paraná.

O trigo apresenta leve valorização de 0,1%, com os contratos para março cotados a US$ 5,1200 por bushel. A falta de avanços em acordos sobre os principais pontos de divergência entre Ucrânia e Rússia, somada a uma relação cambial favorável aos Estados Unidos na paridade dólar/euro, oferece algum suporte a um mercado enfraquecido.

Os ganhos, contudo, são limitados pela abundante oferta global e pela forte concorrência nas exportações, enquanto a Argentina se prepara para embarcar um segundo navio de trigo com destino à China. Na Rússia, a consultoria SovEcon elevou sua estimativa de exportações para 44,6 milhões de toneladas, aumento de 0,4 milhão de toneladas em relação à projeção anterior.

O milho, por sua vez, recua 0,06%, sendo negociado a US$ 4,42 por bushel. A queda ocorre após a liquidação de contratos realizada ontem pelos fundos de investimento, além da maior entrada de grão novo no mercado nas últimas sessões, o que mantém pressão sobre os preços.

Apesar do bom desempenho das exportações dos Estados Unidos, as perdas são limitadas pela falta de umidade em regiões agrícolas da Argentina, onde o fenômeno La Niña, ainda que de forma fraca, começa a se manifestar, destaca a consultoria Granar.