
A falta de novidades no mercado dos grãos fez com que os preços pouco se movimentassem nesta terça-feira (26/8) na bolsa de Chicago. Nas negociações da soja, os contratos para novembro fecharam em alta de 0,17%, cotados a US$ 10,4950 por bushel.
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De acordo com o consultor Vlamir Brandalizze, os grãos estão caminhando de lado nas últimas sessões, pois à medida em que vão se confirmando as previsões de safra nos EUA, o clima ainda gera alguma preocupação neste momento.
Apesar do receio em torno da questão climática, não houve grande mudanças para os preços, que não reagiram nem mesmo à indicação de que a China poderia retomar compras de soja dos Estados Unidos, desde que sejam resolvidos os entraves na relação comercial.
“Notícias sobre uma aproximação comercial entre os países há tempos estão sendo veiculadas, como no caso de [Donald] Trump, que afirmou que a China poderia quadruplicar as importações de soja americana. Mas o fato é que os negócios não têm acontecido, e por isso há pouco espaço para uma mudança radical dos preços na bolsa”, afirma Brandalizze.
Milho
O milho registrou leve baixa na sessão em Chicago. Os lotes para dezembro caíram 0,67%, a US$ 4,0950 por bushel.
Para o consultor Vlamir Brandalizze, o cenário de baixa para os preços do cereal não muda, considerando que os EUA deverão mesmo colher uma safra recorde na temporada 2025/26.
“As condições de clima [para as lavouras de milho] estão muito melhores que as da soja nos EUA. O milho teve um incremento de 1,8 milhão de hectares no plantio deste ano, e deve render aos produtores uma safra gigantesca”, lembra o consultor de mercado.
Trigo
O preço do trigo subiu novamente apoiado por ajustes técnicos, já que a perspectiva de oferta ainda segue favorável. Os contratos com entrega para dezembro fecharam em alta de 0,38%, para US$ 5,3175 por bushel.
Após a finalização da colheita de trigo de inverno, os produtores dos EUA agora se concentram nos trabalhos da safra de primavera, que está acelerada. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) disse ontem que a colheita de trigo de primavera no país chegou a 53% da área, acima dos 48% registrados nessa mesma época do ano passado e também maior que a aposta média de analistas de mercado, que esperavam 52%.