Contratos de soja, milho e trigo operam em baixa Os contratos da soja com entrega para agosto recuam 0,41%, para a faixa dos US$ 10,20 por bushel, na bolsa de Chicago, pressionados pela expectativa de uma colheita volumosa nos Estados Unidos. O clima dos últimos dias favoreceu o desenvolvimento das lavouras: chuvas no centro do cinturão do milho (Corn Belt) e no norte do país, com tempo seco no leste e na região do Delta, contribuíram para a manutenção de uma safra robusta.
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Além dos fundamentos climáticos, a falta de definições nas negociações comerciais com a China, maior importadora global de soja, continua pesando sobre o mercado, diz a Trading Economics. As consequências tarifárias e novas determinações também pressionam o mercado de grãos.
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O milho também registra queda, porém mais leve, de 0,13% com os contratos de setembro negociados em torno de US$ 3,9750 por bushel, na abertura da sessão. A dinâmica é semelhante à da soja: os modelos climáticos indicam boas condições de desenvolvimento para a safra 2024/25, com chuvas no Centro-Oeste e no norte dos EUA.
O ambiente comercial instável e a proximidade da divulgação do relatório de oferta e demanda do USDA, na próxima sexta-feira (12/7), adicionam cautela ao mercado.
Os papéis do trigo para setembro estão cotados a US$ 5,46 por bushel, retração de 0,27%. A pressão vem da oferta abundante no Hemisfério Norte, com o avanço da colheita do trigo de inverno nos Estados Unidos e bons rendimentos registrados nas regiões do Mar Negro e da Europa Ocidental, ressalta a consultoria americana.
De acordo com a Trading Economics, a pressão baixista aumentou após a Rússia anunciar a suspensão de sua tarifa de exportação de trigo — uma medida inédita desde 2021, com o objetivo de aumentar a competitividade no mercado internacional, sem comprometer o abastecimento interno.