Milho, trigo e soja são pressionados pelas condições climáticas favoráveis nos Estados Unidos Após encerrarem o pregão de terça-feira (24/6) em queda, os grãos voltam a recuar na abertura desta quarta-feira (25/6) na Bolsa de Chicago, pressionados principalmente pelas condições climáticas favoráveis nos Estados Unidos.
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Os contratos futuros de milho com vencimento em setembro, que já haviam fechado com baixa de 1,26% no pregão anterior, registram hoje a maior desvalorização da abertura, com queda de 1,7%, negociados a US$ 4,0525 por bushel. As chuvas regulares nas principais regiões produtoras norte-americanas favorecem o desenvolvimento das lavouras, contribuindo para a pressão negativa sobre os preços.
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Além disso, a ausência de avanços concretos nas negociações entre a Casa Branca e os países que buscam isenções na política tarifária dos EUA mantém o mercado apreensivo, especialmente diante da aproximação do dia 9 de julho, data em que as tarifas recíprocas devem voltar a vigorar. Soma-se a isso a entrada do milho brasileiro no mercado internacional, com o avanço da colheita da segunda safra, ampliando a oferta global.
Trigo
O trigo aprofunda a tendência de desvalorização observada nos últimos dias: após cair mais de 3% na terça-feira, recua mais 1,45% nesta manhã. Os contratos com entrega em setembro são cotados a US$ 5,4400 por bushel. Além do clima favorável nas Grandes Planícies dos EUA, o mercado também reage a fatores geopolíticos. Investidores especulativos têm realizado vendas, devolvendo parte do prêmio de risco embutido nos preços durante os períodos de maior tensão no Oriente Médio, região que, segundo análise da consultoria Granar, dá sinais de estabilização.
Soja
A soja com vencimento em julho também recua, com desvalorização de 0,81% e cotação de US$ 10,3825 por bushel. As boas condições climáticas para o cultivo da oleaginosa nos EUA pressionam os preços, assim como a ausência de demanda consistente por parte da China, mesmo após a trégua tarifária firmada entre os dois países.
A consultoria Granar ressalta que “essa dinâmica ocorre mesmo diante da valorização recente do real frente ao dólar, fator que teoricamente reduziria a competitividade das exportações norte-americanas em relação às brasileiras”.