Os contratos futuros de trigo mostram uma recuperação parcial na abertura da bolsa de Chicago, após quedas nas sessões anteriores. As negociações para dezembro sobem 0,42%, a US$ 4,2150 por bushel.
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O movimento é impulsionado por ajustes técnicos e pela lentidão nas vendas por parte dos principais exportadores do hemisfério Norte. As vendas líquidas americanas caíram 51% na média das últimas quatro semanas, atingindo 313 mil toneladas, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgados nesta sexta-feira (5/9). As exportações, por outro lado, subiram 50% na média, alcançando 890,6 mil toneladas.
No entanto, essa lentidão também limita os ganhos, avalia a consultoria Granar, pois reflete a “tranquilidade da demanda, consciente do alto volume de oferta atual”, que ainda pode ser complementado por uma boa safra no hemisfério Sul.
O milho é cotado em alta de 0,42% nos papeis para dezembro, a US$ 4,2150 por bushel. O aumento é impulsionado pelo crescimento do volume das exportações americanas, de 52% em relação à semana anterior, necessário para escoar uma produção que deve ser recorde, estimada em cerca de 420 milhões de toneladas. No entanto, o avanço da colheita nos Estados Unidos continua sendo um fator que limita maiores altas.
Soja
Após subirem levemente no último pregão por ajustes técnicos, os contratos futuros de soja operam próximos à estabilidade. Os papeis com entrega em novembro sobem 0,07%, a US$ 10,3375 por bushel. Contribui para a alta a previsão de tempo seco para os próximos dias no Meio-Oeste americano, podendo afetar a fase final do desenvolvimento das lavouras, diz a Granar.
As exportações de soja apresentaram queda de 13% em relação à média das últimas quatro semanas, com um total de 457 mil toneladas. As vendas líquidas da oleaginosa tiveram redução de 23,8 mil toneladas na semana, e a China permanece fora da lista dos principais compradores, o que exerce pressão baixista.
Há pouco espaço para uma reação mais consistente nas cotações futuras, à medida em que a pressão de oferta aumenta com a proximidade da colheita nos EUA, que deverá começar nos próximos dias.