
O governo do Rio Grande do Sul anunciou, nesta quarta-feira (3/9), o valor de R$ 6 milhões para pagamento por serviços ambientais (PSA) para valorizar as boas práticas agrícolas aplicadas na cultura do arroz. O anúncio ocorreu durante a feira Expointer, em Esteio (RS).
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Os recursos serão destinados à compensação financeira de agricultores que mantêm sistemas produtivos sustentáveis comprovados por meio do Selo Ambiental do Arroz (safra 2024/2025), concedido pelo Instituto Riograndense do Arroz RS (Irga). Serão R$ 100 por hectare produtivo para produtores com Selo Ouro e R$ 80 por hectare produtivo para os com Selo Prata.
O governador Eduardo Leite destacou que o selo, que já existia como certificação de boas práticas na produção, agora, também vai viabilizar o pagamento que recompensa este manejo sustentável que ajuda a mitigar impactos ao meio ambiente.
“Isso não é de interesse apenas do produtor, mas de toda a coletividade. É um compromisso com o planeta e algo que também agrega valor ao agro gaúcho em mercados cada vez mais exigentes e que buscam esse tipo de certificação”, observou Leite.
A expectativa é de que o edital impulsione ainda mais a adesão ao Selo Ambiental do Arroz, incentive práticas agrícolas de baixo impacto e contribua com metas ambientais do Estado frente aos desafios climáticos e à sustentabilidade da produção.
Além do anúncio do edital, durante o evento houve a entrega do Selo Ambiental do Irga a produtores rurais, que passam a estar aptos a se inscreverem no edital que será publicado nos próximos dias.
O Selo Ambiental do Arroz RS reconhece os empreendimentos agrícolas que cultivam arroz irrigado de maneira ambientalmente responsável e contribuem para a qualidade de vida dos envolvidos na orizicultura. O programa oferece duas categorias de certificação: Selo Prata e Selo Ouro.
Os objetivos do selo abrangem, entre outros fatores, a promoção da sustentabilidade ambiental e das boas práticas de manejo na orizicultura, a otimização do uso de insumos e recursos naturais, o reconhecimento de práticas ambientais e sociais adequadas, a melhoria da gestão das propriedades rurais, a redução dos custos de produção, a garantia do cumprimento das regulamentações legais e a valorização do arroz produzido no Rio Grande do Sul.