O governador Elmano de Freitas sancionou, nesta quinta-feira (7), o pacote de medidas emergenciais para minimizar os impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos cearenses. A sanção ocorreu durante reunião no Palácio da Abolição com representantes da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), além de secretários e empresários de diversos setores afetados. As medidas haviam sido aprovadas por ampla maioria na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).
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O pacote inclui ações como auxílio financeiro a empresas exportadoras, antecipação de créditos, compra de produtos pelo governo estadual, ampliação de incentivos fiscais e a criação de um Comitê Estratégico para monitorar a aplicação das ações. O objetivo é proteger a economia cearense, especialmente em setores como carnaúba, pescado, calçados e água de coco — produtos fortemente impactados pela taxação. De acordo com Elmano, o Ceará é o estado mais afetado pela medida dos EUA.
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Durante a reunião, o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, agradeceu a rapidez com que o governo estadual reagiu e propôs a realização de encontros individuais com empresários para aprofundar as soluções. Já o presidente da Faec, Amílcar Silveira, sugeriu campanhas para incentivar o consumo interno de produtos originalmente destinados à exportação, como o pescado.
Entre os encaminhamentos práticos, o governo já estuda comprar água de coco de produtores locais para incluir na merenda escolar da rede estadual. A proposta está em análise pela Secretaria da Educação, segundo informou o chefe da Casa Civil, Chagas Vieira. A ideia é aproveitar os produtos locais e garantir escoamento da produção diante das restrições externas.
Elmano também destacou que esteve reunido com os ministros Geraldo Alckmin e Fernando Haddad para garantir apoio federal. “Estamos dialogando com Brasília e com os empresários cearenses para manter os empregos e proteger quem gera renda no nosso estado”, afirmou o governador ao assinar oficialmente o decreto que entra em vigor imediatamente.
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