
A geração de créditos de descarbonização (CBios) em 2026 deverá crescer em relação a 2025, mas ficar ligeiramente abaixo da meta de compra obrigatória das distribuidoras de combustíveis. O Itaú BBA estima que serão gerados, no próximo ano, 44,7 milhões de CBios. Se confirmado, esse número deverá ser 6,6% maior do que o projetado para ser gerado neste ano.
Initial plugin text
A meta líquida deverá ser de 45,1 milhões de CBios, estima o banco. O cálculo considera que o governo não deverá alterar a meta proposta para o ano fiscal de 2026, de 48,1 milhões de CBios — a proposta passou por consulta pública e deverá ser decidida em reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) no próximo dia 3 de dezembro.
Desta meta total, devem ser descontados 3 milhões de CBios referentes a contratos de negociação de longo prazo de biocombustíveis. Com isso, a meta a ser individualizada às distribuidoras deverá somar 45,1 milhões de CBios, segundo o Itaú BBA. Este número não considera as aposentadorias inadimplentes.
A ligeira diferença entre geração e mandato deverá ser coberta pelos estoques de CBios carregados de 2025, que deverão somar 16,4 milhões de CBios, segundo o banco.
O Itaú BBA estima que 42,1 milhões de CBios deverão ser aposentados pelas distribuidoras neste ano, ante metas individualizadas que totalizam 49,5 milhões de CBios (considerando a meta deste ano e de anos anteriores que não foram cumpridas e os contratos de longo prazo). Desde o início do ano até outubro, as distribuidoras compraram 35,84 milhões de CBios.
Já a quantidade de CBios gerados neste ano deve ficar em 41,9 milhões. De janeiro a outubro, os produtores de biocombustíveis já depositaram 35,79 milhões de CBios, alta de 2% na comparação anual.
Em outubro, os preços dos CBios recuaram 14% durante o mês e ficaram 42% abaixo da média para o ano, em R$ 35,30 o CBio. O volume de CBios negociados recuou 19% ante setembro, para 6,91 milhões. No acumulado do ano, já foram negociados 70,1 milhões de CBios, 7% abaixo do mesmo período do ano anterior.






