O sobrevivente da chacina registrada na Barra do Ceará, em Fortaleza, ainda luta para se recuperar. Trata-se de um jovem gari de 20 anos, que permanece internado no Instituto Doutor José Frota (IJF), no Centro da capital. Ele havia aceitado o convite de amigos para assistir a uma partida de futebol no campo onde, minutos depois, criminosos fortemente armados invadiram o local e abriram fogo, matando quatro pessoas. O caso aconteceu no dia 6 de maio.
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Segundo testemunhas, os atiradores usavam coletes com a inscrição “Polícia Civil”, o que confundiu os presentes e dificultou qualquer tentativa de fuga. O gari, ferido durante o ataque, foi socorrido às pressas e tem apresentado melhora, mas ainda precisa de cuidados intensivos. Familiares evitam dar entrevistas, mas relatam o medo constante e o trauma psicológico causado pelo episódio.
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A reportagem da TV Cidade voltou ao campo de futebol onde ocorreu o crime e encontrou o espaço fechado, com marcas visíveis da tragédia. Moradores caminham desconfiados e relataram que, mesmo após mais de uma semana do ataque, a sensação de medo permanece. Durante a visita, não foi vista nenhuma viatura policial patrulhando a área, o que aumentou a insegurança dos residentes, que clamam por proteção e justiça.
Quatro suspeitos — três adultos e um adolescente — foram detidos pela Polícia Militar após perseguição. Com eles, foram apreendidas armas, drogas e o carro utilizado no crime. Os envolvidos têm passagens anteriores pela polícia e foram autuados por homicídio, organização criminosa e porte ilegal de arma.
A comunidade, no entanto, ainda espera por respostas mais profundas: o que motivou a chacina e até quando viverão à mercê da violência na região que também registrou outras mortes nas últimas semanas, a exemplo das duas irmãs influenciadoras, assassinadas enquanto estavam em um espigão na Vila do Mar.
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