A neozelandesa Fonterra reportou lucro líquido de US$ 648 milhões no seu exercício fiscal de 2025, queda de 4% em relação ao ano anterior. Se ajustado os efeitos fiscais sobre o resultado, ou seja, excluídas as variações nos impostos pagos pela empresa, o lucro representa alta de 13%.

A receita líquida totalizou US$ 15,6 bilhões, avanço de 15% no comparativo anual, enquanto a alavancagem da companhia foi mantida estável, com dívida líquida sobre EBITDA inferior a 3 vezes. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou US$ 1,04 bilhão, crescimento de 13% na mesma comparação.
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Com isso, a Fonterra distribuiu US$ 9,6 bilhões a seus acionistas, crescimento de 30,6%, incluindo dividendos totais de 34 centavos de dólar por ação totalizando US$ 550 milhões.

Segundo a companhia, seu desempenho operacional foi impulsionado pelas áreas de Ingredientes e Foodservice, com destaque para a demanda por proteínas e produtos de alto valor na China, como creme UHT, manteiga e mussarela.

A companhia também confirmou a venda de suas operações globais de consumo direto, para a Lactalis por US$ 2,53 bilhões, visando focar em foodservice e ingredientes. O negócio ainda está sujeito à aprovação de acionistas e órgãos reguladores. Se a transação for concluída, a expectativa é de que gere retorno de até US$ 1,20 por ação aos acionistas, o equivalente a US$ 1,92 bilhão.

Para o próximo exercício, a Fonterra projeta lucro por ação entre 27 e 39 centavos de dólar, excluindo os negócios em processo de desinvestimento. A previsão do preço do leite pago aos produtores varia entre US$ 5,40 e US$ 6,60 por quilo de matéria seca, com média estimada de US$ 6,00 por quilo de matéria seca. As coletas de leite devem alcançar 1,525 bilhão de quilos, ligeiramente acima do ano anterior.