Depois de enfrentar um 2023 desafiador, com retração de 3,6%, o setor brasileiro de flores e plantas ornamentais voltou a crescer em 2024. Dados recém-divulgados pelo Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) apontam que o PIB da cadeia produtiva atingiu R$ 21,23 bilhões no ano passado, o que representa um incremento de 9,95% em relação a 2023.
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Com 8.300 produtores atuando em uma área total de 16.380 hectares, a floricultura nacional está presente em diversas regiões do país. Atualmente, são cultivadas cerca de 2.500 espécies e 17.500 variedades, com destaque para flores em vaso (58% da produção), plantas ornamentais (24%), flores de corte (15%) e outros tipos (3%).
O Estado de São Paulo continua liderando com folga, sendo responsável por 40% do PIB do setor, um total de R$ 8,49 bilhões. Os paulistas também se destacam no consumo: o gasto per capita anual é de R$ 181,85, quase o dobro da média nacional, que está em R$ 97,39.
O Sul aparece em segundo lugar, com 18% (R$ 3,82 bilhões), seguido por Nordeste (9,3%), Centro-Oeste (6,7%) e Norte (2%).
Além do impacto econômico, o setor da floricultura também se destaca pela geração de empregos. Em 2024, foram mais de 264 mil postos de trabalho diretos, o que representa 1,17% do total de empregos no agronegócio, segundo o Cepea/Esalq-USP.
Os empregos indiretos giram em torno de 800 mil. Um dado que chama atenção é o protagonismo feminino: 56,2% da força de trabalho no setor é composta por mulheres, número que chega a 63% em algumas regiões do país.
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Para o presidente do Ibraflor, Jorge Possato Teixeira, os números confirmam o potencial da floricultura como um polo de desenvolvimento. “Flores e plantas não são apenas elementos decorativos. Elas geram renda, empregos e contribuem diretamente para o bem-estar da população. O brasileiro está, cada vez mais, incorporando esses elementos no cotidiano, o que abre um enorme espaço para inovação e crescimento”, destaca.
Com o cenário positivo, o setor se prepara agora para a temporada mais aquecida do ano. Eventos estratégicos vêm sendo organizados por cooperativas e atacadistas para impulsionar as vendas voltadas às principais datas do segundo semestre, com destaque para a primavera, o Dia de Finados e o Natal.