As Filipinas planejam estender sua proibição de importações de arroz até abril para apoiar os agricultores locais, uma medida que provavelmente pressionará ainda mais os preços globais do cereal.
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A nação do Sudeste Asiático só permitirá a entrada de arroz por um mês, em janeiro, quando precisará trazer cerca de 300 mil toneladas do grão do exterior, disse o Secretário de Agricultura Francisco Tiu Laurel Jr. em uma audiência na Câmara dos Deputados do país.
A restrição para importação de arroz, que deveria durar apenas 60 dias, começou em 1º de setembro.
A decisão de Manila de estender a restrição visa proteger os agricultores locais, especialmente durante a temporada de pico da colheita. Mas globalmente, isso pode ajudar a manter os estoques altos e empurrar os preços ainda mais para baixo.
Os preços mundiais do arroz caíram 1,7% em agosto e seguem a tendência de baixa devido a expectativa de recorde na produção global, estimada em 836,5 milhões de toneladas pelo Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad) da França. Esse volume é 1% maior que o colhido em 2024/25.
O comércio mundial deve alcançar um nível também recorde de 61,4 milhões de toneladas, um aumento de 2,9% em relação a 2024.
Até o final de setembro, as Filipinas importaram 3,5 milhões de toneladas de arroz, cerca de 800 mil toneladas a mais do que o necessário, disse Tiu Laurel.
No Brasil, os preços já recuaram 40% e têm feito com que os produtores reduzam a expectativa de área para 2025/26.