Letícia Aguiar, filha de Elisângela Gomes, vítima de tentativa de feminicídio ocorrida nesta semana no bairro Lagoa Redonda, em Fortaleza, falou pela primeira vez sobre a relação conturbada entre a mãe e o agressor, Francisco Ricardo Damasio de Oliveira. Segundo Letícia, o relacionamento, que durou cerca de oito meses, foi marcado por ciúmes, controle excessivo e episódios de violência. A filha de mulher esfaqueada por ex relatou o histórico de violência em entrevista exclusiva à TV Cidade.
A tentativa de feminicídio ocorreu no final da tarde, quando Francisco pulou o muro da casa da ex-companheira e a surpreendeu no interior do imóvel. Elisângela tentou se esconder, mas foi alcançada e esfaqueada nove vezes. Uma das facadas atingiu uma artéria, e sua orelha quase foi decepada. A vítima foi socorrida e levada ao Instituto Doutor José Frota (IJF), onde permanece internada em estado estável, consciente e orientada. Ela foi extubada 24 horas após o atendimento.
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O agressor também foi encaminhado ao IJF, após ser espancado por moradores que reagiram à violência. A arma utilizada no crime foi apreendida pela Polícia Militar, e Francisco foi autuado em flagrante por tentativa de feminicídio no 30º Distrito Policial.
Segundo Letícia, os sinais de alerta surgiram ainda no início do relacionamento. “Ele queria controlar tudo: as roupas que ela usava, os lugares que frequentava, até mesmo os momentos em que estava com a família. Mandava mensagens o tempo todo, ligava desesperado. Era agressivo, controlador. Minha mãe já havia dito que ele a agrediu, mas nunca quis entrar em detalhes”, relatou.
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Com a repercussão do caso, Letícia também recebeu mensagens de outras mulheres relatando terem sido vítimas de comportamentos semelhantes por parte de Francisco Ricardo, o que levanta suspeitas de reincidência em casos de violência contra mulheres.
A Polícia Civil segue investigando o caso e busca esclarecer se o agressor tem histórico de outros crimes.
Francisco Ricardo segue internador no IJF em decorrência da sessão de espancamento que ele sofreu no dia em que ele agrediu a vítima. A expectativa da família é que a justiça possa manter o agressor preso.
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