As exportações do setor brasileiro de árvores cultivadas cresceram 5% no primeiro semestre de 2025, totalizando US$ 7,9 bilhões em divisas. Principal item da pauta exportadora do setor, a celulose puxou o resultado, com aumento das vendas em 10,8% em volume, chegando a 10,5 bilhões de toneladas, o equivalente a US$ 5,37 bilhões.
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As vendas externas de papel tiveram leve aumento de 0,8%, totalizando 1,3 bilhão de toneladas e US$ 1,2 bilhão. Já as exportações de painéis caíram em 6%, com 737 milhões de metro cúbicos enviados ao exterior, o equivalente a US$ 228,9 milhões. Os dados constam na nova edição do Mosaico, boletim trimestral produzido pela Ibá (Indústria Brasileira de Árvores).
“Vivemos um período de grandes incertezas e alterações bruscas nas relações entre os países. Nesse cenário, o Brasil, como maior exportador de celulose do mundo, sexto maior exportador de papel e relevante exportador de placas, segue seu compromisso de oferecer soluções sustentáveis e competitivas para o mundo”, afirma Paulo Hartung, presidente da Ibá, em nota.
A expansão das exportações de janeiro a junho também elevou a relevância do setor de árvores cultivadas na economia brasileira, segundo o levantamento. No período, sua participação no total de exportações do país, em dólares, atingiu 4,8%, superando os 4,5% do mesmo intervalo de 2024. Além disso, a indústria brasileira de árvores aumentou sua participação no total vendido ao exterior pelo agronegócio, passando de 9,2% para 9,7%.
Em termos de produção, foram 14,2 milhões de toneladas de celulose de janeiro a junho, alta de 11,8%. Já a produção de papel teve uma leve queda de 0,7%, totalizando 5,6 milhões de toneladas produzidas no período.
Mercados consumidores
Como de costume, a China foi o principal comprador dos produtos florestais brasileiros no primeiro semestre. As vendas para o país asiático atingiram US$ 2,6 bilhões no período, alta de 22,7% na comparação anual. As compras de celulose e de painéis de madeira tiveram alta de 24,4% e 19,4%, respectivamente.
A Europa aparece em segundo lugar, com as vendas no primeiro semestre chegando a US$ 1,8 bilhão, valor praticamente estável na comparação anual. Já as vendas para a América do Norte atingiram US$ 1,7 bilhão.