As exportações brasileiras de amendoim somaram 180 mil toneladas no acumulado de janeiro a agosto, o que representa um aumento de 26% em comparação com o mesmo período de 2024. Segundo levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, todo o amendoim exportado foi produzido no Estado.
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Os principais destinos foram Rússia (22% do volume total embarcado), China (21%), Argélia (11%) e Países Baixos (7%).
Para Renata Martins Sampaio, pesquisadora do IEA, a necessidade de abastecimento do mercado interno da China foi crucial para o aumento das exportações brasileiras. Os embarques para o país totalizam 35 mil toneladas até agosto.
“A China é a principal produtora mundial de amendoim, responde por pouco mais de 35% do total produzido. Da mesma forma, também é o maior consumidor mundial. Sendo assim, a produção chinesa não foi suficiente para suprir o seu consumo interno”, diz.
As exportações de óleo de amendoim, por sua vez, cresceram 170%, somando 98 mil toneladas. O óleo foi embarcado para China (87%) e Itália (13%).
Produção
A produção de amendoim gira em torno de 1 milhão de toneladas por ano, que são destinadas para o mercado de confeitaria e de óleo. São Paulo responde por 86% da produção nacional. O Estado colhe, em média, 700 mil toneladas por ano, com destaque para os municípios de Tupã (13,6%), Marília (12,7%) e Jaboticabal (12,2%).
Alberto Amorim, secretário executivo da Secretaria de Agricultura, afirma que o desempenho do amendoim em São Paulo é resultado da conjunção de pesquisa, inovação e governança setorial. Ele ressaltou o trabalho do Instituto Agronômico de Campinas (IAC-Apta), responsável por variedades que transformaram a competitividade da cultura no Estado.
“O programa de melhoramento genético de amendoim do IAC, de Campinas, é de renome internacional e é o responsável por 80% das variedades cultivadas de amendoim no Brasil”, afirma Ignácio José de Godoy, pesquisador do IAC.
