O preço da soja subiu pela segunda sessão consecutiva na bolsa de Chicago, ainda impactado pelas declarações do presidente dos EUA, Donald Trump. Nesta quinta-feira (2/10), os lotes da soja com vencimento para novembro avançaram 1,06% a US$ 10,2375 o bushel.
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Ontem, Trump escreveu em um perfil de rede social que deve se encontrar com o presidente da China Xi Jinping. A pauta da reunião, segundo o republicano, seriam as compras de soja dos EUA ao país asiático, que estão paralisadas nesta temporada 2025/26 em razão da guerra comercial entre os dois países.
“A declaração do Trump ainda afeta o mercado, pois a China não confirmou, mas também não desmentiu nenhum encontro. Dessa forma, o mercado entende que haverá mesmo a conversa entre os presidentes”, afirma Vlamir Brandalizze, consultor de mercado.
Ele adverte que, caso a China dê o aceite para o encontro, a soja subirá ainda mais em Chicago.
“Existe a expectativa de a China confirmar esse encontro e pode ter a certeza, mas ela só vai fazer isso se ficar claro que haverá um acordo que vá beneficiar os dois países”, acrescenta.
Nesta quinta-feira, a paralisação de alguns setores públicos nos EUA interrompeu a divulgação dos dados de venda e exportação de grãos no país. O mercado usa as informações como parâmetro de demanda. Mas, para Brandalizze, não há reflexo para as cotações em Chicago, já que essas informações trazem um efeito de curto prazo para os prazos e não criam uma tendência, segundo ele.
Segundo análise da Royal Rural, a soja também ganhou força após Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, afirmar que na próxima semana o governo deve anunciar um pacote de subsídios para produtores locais, com foco na soja.
Milho
O preço do milho subiu em Chicago, pautado por ajustes técnicos. Os papéis para dezembro avançaram 1,26% , para US$ 4,2175 por bushel.
Trigo
Depois da leve alta na sessão de ontem, o trigo seguiu valorizado na bolsa de Chicago. Os contratos para dezembro avançaram 1,08%, para US$ 5,1475 por bushel.
