O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o país não aprovará projetos de energia solar e eólica que afetem terras agrícolas, sob o argumento de que essas iniciativas estariam contribuindo para a elevação dos custos da eletricidade.
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“Qualquer Estado que tenha construído e dependido de moinhos de vento e solar para energia está vendo aumentos recordes nos custos de eletricidade e energia. O golpe do século! Não vamos aprovar energia eólica ou solar que destrua fazendas. Os dias da estupidez acabaram nos EUA”, declarou Trump em publicação na rede social Truth Social.
Em mensagem publicada na segunda-feira (18/8) na rede social X (antigo Twitter), a secretária de Agricultura, Brooke Rollins, afirmou que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) “não implementará mais programas para financiar projetos de energia solar ou eólica em terras agrícolas produtivas, encerrando os enormes subsídios pagos pelos contribuintes”.
Na terça-feira (19/8), o USDA detalhou que projetos de energia solar e eólica deixarão de ser elegíveis para garantias de empréstimos empresariais e industriais. Também haverá restrições para iniciativas apoiadas pelo Programa de Energia Rural para a América: projetos solares de maior porte, com capacidade acima de 50 quilowatts, não poderão participar.
As medidas fazem parte de um conjunto de ações da atual administração que busca limitar a expansão das fontes renováveis, reorientando as políticas federais em direção a outros tipos de energia. Historicamente, a relação entre agricultura e energia nos EUA tem sido marcada por tentativas de inovação e pela busca de equilíbrio entre produtividade agrícola e desenvolvimento tecnológico sustentável.
As decisões ocorrem em meio a um cenário de alta nos preços de eletricidade, atribuída por especialistas principalmente ao aumento da demanda de centros de dados e da indústria, após anos de crescimento relativamente estável.