Estados Unidos são grandes importadores de ovos do Brasil Um dos principais mercados para as exportações de ovos do Brasil, os Estados Unidos informaram às autoridades brasileiras que não vão barrar a entrada da proteína, mesmo com o caso de gripe aviária confirmado em plantel comercial no Rio Grande do Sul. Os americanos vão vetar apenas as importações de material genético gaúcho.
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Para o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a medida mostra como os impactos podem ser limitados no setor privado brasileiro. “Os Estados Unidos não fecharam o mercado para o ovo. Vão fechar para material genético do Estado. Exportamos apenas 0,9% da produção de ovos e a maior parte é para os Estados Unidos, então quase não terá impacto”, minimizou em entrevista coletiva nesta segunda-feira (19/5).
Questionado sobre estimativas de prejuízos econômicos, Fávaro disse que é difícil quantificar impactos por conta da dinâmica dos embargos. Ele salientou que o Brasil exporta para cerca de 160 destinos e que os protocolos preveem medidas distintas para cada um deles. A Pasta tem intensificado a comunicação com os parceiros para que as restrições fiquem limitadas ao município de Montenegro (RS), onde o foco foi confirmado, ou ao raio de dez quilômetros da granja.
Outro exemplo citado por Fávaro foi o caso do Japão, que restringe as importações de carnes apenas do município. “Vai significar zero impacto, pois não em abate no raio do foco. Não vai diminuir um quilo de frango a ser exportado ao Japão”, pontuou.
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As exportações de carne de aves do Brasil estão suspensas para ao menos 17 destinos. A lista do Ministério da Agricultura considera países que informaram a interrupção do comércio e aqueles para os quais as autoridades brasileiras paralisaram a emissão de novos certificados internacionais para embarques do produto em cumprimento aos protocolos sanitários.
México, Coreia do Sul, Chile, Canadá, Uruguai, Malásia e Argentina enviaram manifestações ao Ministério da Agricultura para informar a suspensão geral das importações de carne de frango do Brasil. Para China, União Europeia, África do Sul, Rússia, Peru, República Dominicana, Bolívia, Marrocos, Paquistão e Sri Lanka, as autoridades nacionais interromperam a emissão de certificados de exportação.
Reino Unido, Cuba e Bahrein suspenderam as compras do Rio Grande do Sul. O Japão interrompeu as compras do município de Montenegro. Há embargo para o raio de dez quilômetros para Singapura, Filipinas, Jordânia, Hong Kong, Argélia, Timor Leste, Índia, Lesoto, Mianmar, Paraguai, Suriname, Vanuatu e Vietnã.
“Estamos mais preocupados em mitigar impactos do que em fazer cálculos de números nesse momento. No mês passado, exportamos cerca de 50 mil toneladas para a China, mas não é uma conta simples. Não é que deixaremos de exportar as 50 mil toneladas. Algumas empresas enviam para outros países onde a restrição não é dessa forma”, explicou o secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Marcel Moreira.
“O objetivo é que o país que tem restrição do Brasil como um todo, que reconheçam a regionalização”, ressaltou.
