Expectativa é de que taxa de juros do programa Mais Alimentos seja mantida em 6% A expectativa de um Plano Safra 25/25 da Agricultura familiar em volume recorde, conforme antecipado pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, na última quinta-feira (26/6) animou o segmento de máquinas agrícolas.
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Na avaliação de Cesar Oliveira, coordenador de vendas da empresa Agritech, que trabalha com tratores de 14 a 82 cavalos, voltados à agricultura familiar, o ideal seria que os recursos para o segmento fossem entre e 10% e 15% maiores. No Plano Safra 2024/25 foram disponibilizados R$ 76 bilhões para apoiar a produção de alimentos.
“Nossos clientes são principalmente da agricultura familiar, setor que precisa muito do financiamento do governo para investir”, diz. De acordo com o executivo, o setor está aguardando o anúncio do Plano Safra 25/26 para a reativação das vendas, “pois estamos há 30 dias sem recursos”, explica Oliveira, que conversou com a reportagem da Globo Rural durante a feira Hortitec, em Holambra (SP).
Outra expectativa para este ano, é que os recursos sejam liberados sem as retenções de anos atrás”, estima o executivo. Para o programa Mais Alimentos, linha de crédito voltada à aquisição de máquinas, equipamentos e implementos agrícolas, o setor espera que não haja aumento de juros. “Estamos trabalhando com o cenário igual ao do ano passado, com taxa de 6%, porque se ficar acima deste patamar, não vai haver investimento na agricultura familiar como houve em anos anteriores”, diz Oliveira.
Atualmente 65% da produção da Agritech é voltada ao mercado da agricultura familiar, ainda muito carente de mecanização. Oliveira conta que o programa Mais Alimentos tem ajudado a mudar este cenário. “Em alguns lugares como o Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina, a agricultura familiar já é bastante tecnificada, mas as demais regiões do País ainda são pouco”, diz.
A empresa produz tratores com preços que variam de R$ 50 mil e R$ 300 mil, dependendo do modelo. Com fábrica em Indaiatuba (SP), a Agritech tem nos setores de flores, plantas ornamentais e frutas, verduras e legumes seus grandes clientes. A empresa detém cerca de 35% das vendas de tratores familiares no Brasil.
“Além do crédito agrícola, temos visto aumento de vendas por consórcio, uma ferramenta que triplicou de tamanho nos últimos dez anos e hoje responde por 20% das vendas da Agritech”, diz. O consórcio, segundo o executivo, é um instrumento de financiamento excelente para o produtor que não tem pressa.