Emails, planilhas e delações: as provas que embasaram a condenação de Fernando Collor

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de decretar a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello nesta quinta-feira (24) foi sustentada por um robusto conjunto de provas colhidas ao longo da Operação Lava Jato.

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Condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, Collor foi apontado como beneficiário de um esquema que teria movimentado R$ 20 milhões em propinas na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. A determinação de Moraes, que rejeitou um novo recurso da defesa, será analisada em sessão virtual do plenário do STF nesta sexta-feira (25), mas já tem efeito imediato: Collor deverá se apresentar à Justiça.

A condenação foi embasada em emails, planilhas, documentos internos, mensagens trocadas entre executivos e registros de entrada de envolvidos na BR Distribuidora. Um dos pilares do caso é a influência política de Collor na estatal, com comprovação de que ele indicava diretores e utilizava o cargo para beneficiar empresas específicas, como a UTC Engenharia, que ganhou quatro contratos em apenas seis meses.

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Relatórios da própria BR Distribuidora apontam que as propostas da UTC coincidiram, item a item, com a planilha de preços da estatal, o que foi considerado estatisticamente improvável sem acesso privilegiado. Além disso, delações de nomes centrais da Lava Jato — como Ricardo Pessoa, Nestor Cerveró e Alberto Youssef — foram corroboradas por planilhas de pagamentos, registros bancários e documentos apreendidos na residência do ex-presidente. Mesmo contestando a veracidade de parte das provas, a defesa não conseguiu afastar os indícios considerados “inequívocos” pelo relator original do caso, ministro Edson Fachin.

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