Nesta segunda-feira, 28 de julho, é comemorado o Dia do Agricultor. A homenagem foi estabelecida em 1960 pelo então presidente Juscelino Kubitschek em alusão aos 100 anos do Ministério da Agricultura, pasta criada por Dom Pedro II, em 1860.
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No período, o café era o produto de maior destaque no país. Entre 1822 — o início do Império — e o fim, em 1889, com a Proclamação da República, a participação total do grão nas exportações brasileiras passou de 20% para 60%.
Em 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio atingiu R$ 2,72 trilhões, um aumento de 1,81% na comparação com 2023, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A participação do agronegócio na economia brasileira no período foi de 23,2%.
Para celebrar o dia, a Globo Rural separou cinco histórias de agricultores; confira.
Mulheres ganham mercado de cafés especiais no Paraná
Simone Schauer Maia, produtora de café especial de Pinhalão (PR) e integrante do projeto Mulheres do Café
Henry Milleo
No Norte Pioneiro do Paraná, o projeto Mulheres do Café, coordenado pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), reúne mais de 250 participantes e já se expande para a região do Vale do Ivaí. Os diferenciais dos grãos produzidos pelas cafeicultoras do projeto têm despertado a atenção dos consumidores, mas, também, de especialistas.
Com um grão que apresentou características como sabor de frutas vermelhas, amarelas e mel, fragrância floral e frutada e corpo alto, licoroso e amanteigado, Simone Schauer Maia, produtora de café especial de Pinhalão e integrante do projeto Mulheres do Café, foi a vencedora do concurso Café Qualidade Paraná, na categoria café natural.
Inclusão digital mantém pequenos produtores no campo
Propriedade-conectividade-horta
Luciana Franco
Caique Medeiros da Silva sempre assistiu os pais na condução das estufas de pepino, pimentão e tomates que a família mantém no município de São Miguel Arcanjo (SP). Ainda menino, gostava de ajudar na irrigação ou participar da colheita. Aos 15 anos, em 2021, se tornou sócio do pai em duas das 11 estufas distribuídas e 16 mil metros da propriedade.
Mas os planos do jovem, que pensava em sair da produção rural, mudaram depois da implantação do Distrito Agro Tecnológico (DAT) no município. A criação dos DATs foi a forma que a Embrapa encontrou para implantar a transformação digital no campo para pequenos e médios produtores rurais.
Os distritos levam aos produtores o conceito de “Fazendas Inteligentes” e foram criados para gerar impacto econômico e social no agronegócio em escala nacional dentro do Projeto Semear, que é uma iniciativa colaborativa. Há dois anos, estão em funcionamento dois pilotos do projeto nos municípios paulistas de Caconde e São Miguel Arcanjo, ambos no estado de São Paulo.
Sistemas integrados elevam ganhos da indústria de árvores e de produtores rurais
No Brasil, há 10,2 milhões de hectares de árvores plantadas e 6,91 milhões de hectares de área conservada
Henry Milleo
O produtor rural Ivo Carlos, da Fazenda Pousada dos Gaúchos, em Tibagi, no Paraná, é um entusiasta do uso de tecnologias em sua propriedade. Há quase três anos, parte dela passou a adotar o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), em um arranjo que inclui rotação de culturas, pastagem para o gado e cultivo de eucalipto para a indústria de papel e celulose.
Carlos organizou modelos diferentes de integração em três talhões. A ILPF em questão está em uma área total de 56,78 hectares, sendo 9,99 hectares com floresta.
Família carrega tradição do café há quatro gerações
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Isadora Camargo/Globo Rural
O café faz parte da rotina da família de Laís Leite há pelo menos 60 anos. É na região vulcânica de Minas Gerais, que abrange 12 municípios entre o sul de Minas Gerais e o nordeste de São Paulo, que foi fundada a Carmella, marca de café especial que surgiu durante o estágio obrigatório do curso de agropecuária de Laís, de 18 anos.
Criada há dois anos, a marca veio do sobrenome da família Carmo e “ella” por ter o olhar da mulher do campo a xícara. O café especial foi uma escolha para agregar valor ao produto final.
Cultivo de avocado vira alternativa para produtores de café e laranja
avocado – avocados
IDR-PR/Divulgação
De olho no mercado europeu, produtores rurais do Norte do Paraná têm apostado no abacate hass – o avocado – como nova alternativa de renda. A adaptação da variedade ao clima da região e a boa rentabilidade estão entre as vantagens apontadas pelos agricultores. Além disso, o produto ganha espaço como opção num momento em que as lavouras de laranja e de café têm gerado prejuízos para os produtores locais.
Todo o volume do avocado produzido nessa região paranaense é exportado para a Europa. O produtor Edson Gudi, de Cornélio Procópio, implantou os primeiros pomares de avocado em 2020.
*Sob orientação de Marcelo Beledeli