
Nesta sexta-feira, 1º de agosto, comemora-se o Dia Internacional da Cerveja. Popular em todo o país, o consumo dessa bebida no Brasil ultrapassa 14 bilhões de litros por ano, segundo dados da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva).
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Para garantir a qualidade e segurança da cerveja, é essencial reconhecer produtos fiscalizados. Auditores fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) acompanham desde o cultivo de matérias-primas até os processos industriais nas cervejarias. Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), também atuam na fiscalização do comércio, importação de insumos e análise laboratorial de amostras, além de orientar consumidores.
Veja no que prestar atenção ao escolher uma cerveja:
Selo de inspeção do Mapa: indica que o produto passou por controle sanitário.
Número de registro: deve constar no rótulo e se refere ao produto ou ao estabelecimento fabricante/importador.
Informação clara sobre o teor alcoólico, que deve estar dentro das faixas permitidas:
Até 0,5%: cerveja sem álcool ou desalcoolizada;
Entre 0,5% e 2%: teor alcoólico reduzido;
De 2% a 54%: cervejas tradicionais.
Além disso, vale se atentar a possíveis alterações no aspecto, cheiro ou sabor da cerveja, à ausência de informações obrigatórias no rótulo e a preços muito abaixo da média de mercado — sinais que podem indicar irregularidades ou falsificação do produto.
Em nota, o presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo Macedo, destaca que essa fiscalização técnica é fundamental para proteger a saúde pública e assegurar um mercado justo e competitivo. “Nosso trabalho garante que o consumidor brasileiro tenha confiança no produto que consome”, ressalta.
Caso o consumidor identifique qualquer uma dessas alterações, pode registrar denúncia anônima pelo portal Fala.BR, canal oficial do governo federal para manifestações à administração pública.
O alerta é ainda mais relevante diante dos dados de fraude. Estima-se que 36% das bebidas alcoólicas comercializadas no Brasil sejam falsificadas, adulteradas ou contrabandeadas, segundo a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD).
Em 2022, esse mercado ilegal movimentou R$ 56,9 bilhões — valor superior ao faturamento da principal fabricante de cerveja do país — de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). A falsificação, além de representar risco à saúde, é crime previsto no Código Penal, com pena de reclusão de quatro a oito anos, além de multa.






