
Números de demanda reforçam preocupação com balanço global da commodity para esta safra A demanda por cacau ainda mostra resiliência no principal mercado consumidor, a Europa, trazendo impactos diretos para os preços na bolsa de Nova York. Nesta quinta-feira (17/4), os lotes da amêndoa para julho, os mais negociados, subiram 3,61%, para US$ 8.295 a tonelada.
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Segundo dados da Associação Europeia do Cacau (ECA, na sigla em inglês), o processamento nos três primeiros meses deste ano na região atingiu 353,52 mil toneladas, em comparação com as 367,28 mil processadas no mesmo período do ano anterior, ou recuo de 0,96%.
De acordo com Rafael Borges Machado, analista de inteligência de mercado da StoneX, em meio a relatos de uma demanda menor, impulsionada pela alta histórica nos preços internacionais, esperava-se que as moagens declinassem até 10% no período analisado.
O resultado abaixo do esperado aumenta entre os investidores as incertezas sobre a recuperação da oferta para esta safra.
O preço do cacau se afastou do pico registrado no final do ano passado, de US$ 12,5 mil a tonelada, e agora oscila em uma faixa entre US$ 7.500 e US$ 8.500, mas sem espaço para quedas expressivas, segundo Adilson Reis, analista especializado no mercado do cacau.
“Ainda existe um suporte para os futuros olhando para a safra intermediária na Costa do Marfim, que deve ter números piores que os do ano passado. As projeções indicam uma produção de 300 mil toneladas, enquanto a expectativa inicial era de 500 mil”, diz.
Açúcar
O preço do açúcar registrou alta na bolsa de Nova York com notícias pessimistas pelo lado da oferta. Os lotes para julho avançaram 0,51%, para 17,81 centavos de dólar a libra–peso.
Em partes, a alta é justificada pela queda nos números de produção do Brasil, maior exportador mundial de açúcar. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou colheita de 44,1 milhões de toneladas em 2024/25, volume 3,4% inferior ao da safra passada.
Algodão
Em Nova York, os contratos do algodão com entrega para julho fecharam em alta de 1,15%, com o valor de 67,13 centavos de dólar a libra-peso.
Café
As cinco altas consecutivas do café na bolsa de Nova York abriram espaço para o recuo das cotações na sessão de hoje. Os lotes para julho fecharam em queda de 1,81%, a US$ 3,7380 a libra–peso.
A tendência ainda permanece de alta para o arábica diante de uma projeção de safra menor no Brasil, o principal exportador mundial da variedade.
Suco de laranja
O preço do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) interrompeu uma sequência de sete altas consecutivas na bolsa de Nova York. Os lotes para maio tiveram queda de 4,54%, para US$ 3,04 a libra-peso.