
Lucro líquido da multinacional foi de US$ 667 milhões no período A Corteva, empresa multinacional do segmento de sementes, defensivos e biológicos, fechou o primeiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 667 milhões, um salto de 77% em relação aos US$ 376 milhões obtidos no mesmo período do ano anterior. De acordo com o balanço divulgado nesta quarta-feira (7/5), a empresa prevê que o ano seja de recuperação.
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Embora ainda não tenha incluído formalmente os impactos tarifários na projeção, a companhia não espera efeitos relevantes sobre os resultados de 2025 com base nas políticas comerciais atuais. A empresa reafirmou suas projeções para o ano, mesmo diante de um ambiente macroeconômico ainda incerto, disse em relatório enviado a seus investidores.
A receita líquida da companhia somou US$ 4,42 bilhões entre janeiro e março, queda de 2% na comparação anual. No entanto, as vendas orgânicas — que excluem efeitos cambiais — avançaram 3%, refletindo maior demanda por tecnologias agrícolas e novos produtos.
O desempenho por divisão foi equilibrado: a unidade de sementes faturou US$ 2,71 bilhões, retração de 2%, enquanto a divisão de proteção de cultivos somou US$ 1,71 bilhão, também queda de 2%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) operacional cresceu 15% e totalizou US$ 1,19 bilhão no trimestre. A margem Ebitda das divisões aumentou graças a ganhos de produtividade, controle de custos e melhoria no mix de produtos, atribuiu a multinacional.
Segmentos
O segmento de sementes contribuiu com US$ 842 milhões, alta de 13%, enquanto a área de proteção de cultivos gerou US$ 377 milhões, avanço de 22% sobre o ano anterior.
A Corteva avaliou que os fundamentos do setor agrícola global estão mistos. De um lado, a demanda nas propriedades rurais segue forte, com os produtores priorizando tecnologias para aumentar a produtividade. Porém, os estoques globais de milho em relação ao consumo estão nos níveis mais baixos em mais de uma década, mesmo após uma safra recorde em 2024.
Apesar disso, os preços e as margens das commodities agrícolas estão caminhando para o status de “moderadas” em razão de mudanças nas áreas plantadas e por incertezas no comércio global, principalmente pelas tensões provocadas pelas políticas protecionistas dos EUA.
Como guidance para 2025, no segmento de proteção de cultivos, a expectativa da empresa é de um cenário estável para o ano, com ganhos de volume compensando os desafios nos preços. A demanda global por grãos e oleaginosas deve permanecer estável, independentemente de mudanças nos fluxos de comércio.