
A Expocacer, do Cerrado Mineiro, pretende auxiliar cafeicultores a agregar valor ao produto para o mercado de cafés especiais A Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocacer) iniciou um serviço gratuito de mapeamento da qualidade de café produzido por cooperados. A ação serve para ajudar produtores nas decisões do pós-colheita e na valorização dos grãos no mercado de cafés especiais.
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A metodologia da cooperativa permite a análise técnica e sensorial de amostras coletadas ainda na origem para facilitar a identificação de lotes com potencial para mercados mais exigentes, divulgou na sexta-feira (30/5) a Expcacer.
A expectativa é que a estratégia contribua para ampliar a competitividade da região, atenuar perdas por mistura inadequada de grãos e oferecer maior previsibilidade para as safras futuras.
Os testes são conduzidos por uma equipe especializada, com participação presencial dos produtores, que tenham um retorno em tempo real sobre os atributos e pontos fortes de cada lote de café.
“O mapeamento ajuda a evitar que cafés com boa bebida sejam misturados a grãos inferiores, o que pode comprometer a qualidade final. A análise considera até variações dentro de um mesmo talhão, influenciadas por microclimas e condições específicas de solo”, explicou, em nota, Angélica Mara, Q-Grader e classificadora da Expocacer.
O método considera atributos sensoriais, origem, rastreabilidade, sustentabilidade e valor de mercado. Com a proposta de alinhar a classificação às exigências do mercado internacional, a cooperativa passará a utilizar o protocolo Coffee Value Assessment (CVA), desenvolvido pela Specialty Coffee Association (SCA).
Como enviar as amostras
Cada cooperado pode enviar até cinco amostras de café por agendamento. As análises são realizadas semanalmente em duas unidades da cooperativa: às terças e quintas-feiras na sede administrativa em Patrocínio (MG), e às quartas-feiras na unidade de Patos de Minas (MG).
O serviço integra diferentes frentes — técnica, sensorial e comercial — com participação de agentes de negócios e traders especializados na colocação dos lotes em mercados de maior valor agregado.
“A ação pode fortalecer a reputação da região como uma das principais origens produtoras de cafés especiais no mundo”, afirmou Simão Pedro de Lima, diretor-presidente executivo da cooperativa.