
Os contratos futuros de soja, milho e trigo iniciam o pregão desta terça-feira (9/9) em queda na bolsa de Chicago, após encerrarem a sessão anterior em alta, influenciados por ajustes técnicos.
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O milho lidera as perdas, com os contratos com vencimento em dezembro caindo 0,53%, a US$ 4,1950 por bushel, em meio ao início da colheita da safra dos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês), até 7 de setembro, 4% da área total já havia sido colhida.
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A queda do milho é limitada pela piora nas condições das lavouras americanas, o que pode resultar em uma safra ligeiramente abaixo da recorde, e do bom desempenho das exportações, essenciais para “administrar” essa oferta elevada, avalia a consultoria Granar.
No Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a colheita da segunda safra de milho avançou para 98,3% da área cultivada, contra 97% na semana anterior. No mesmo período de 2024, o índice era de 100%, e a média dos últimos cinco anos está em 97,4%.
Os papéis de trigo com vencimento em dezembro também iniciam o dia em queda, de 0,33%, cotados a US$ 5,2200 por bushel . A pressão vem da ampla oferta no hemisfério Norte e da demanda mais contida. A entrada da nova safra do hemisfério Sul, com início da colheita na Austrália previsto para o próximo mês, também influencia os preços.
Ontem, o USDA informou que a colheita do trigo de primavera avançou sobre 85% da área apta, contra 72% da semana anterior. O volume ficou acima da média dos anos anteriores e das expectativas do mercado.
Em seu relatório semanal, a Conab informou que a colheita do trigo no Brasil avançou para 11,1% da área apta, frente a 9,1% na semana anterior, mas abaixo dos 14,6% no mesmo período do ano passado e de 12,9% na média dos últimos cinco anos.
A soja também apresenta queda, com os contratos para novembro negociados em baixa de 0,24%, a US$ 10,3125 por bushel. A ausência de compras da nova safra por parte da China segue limitando os preços. Por outro lado, as perdas são atenuadas pela piora nas condições das lavouras nos Estados Unidos e pelo clima seco em boa parte do cinturão agrícola do país.