
Café, açúcar, cacau e algodão operam em queda nesta manhã Hoje (18/6) é super-quarta, apelido dado pelo mercado para os dias em que há decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom), no Brasil, e de Federal Reserve (Fed), nos EUA. E, como de costume, os investidores ficam cautelosos até a divulgação das decisões.
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No Brasil, o mercado se divide entre os que acreditam na manutenção da Selic em 14,75% e nos que apostam em um aumento de 0,5 ponto percentual. Para os EUA, a média indica manutenção da taxa básica entre 4,25% e 4,50%.
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Com esse cenário e sem mudanças nos fundamentos das commodities, na bolsa de Nova York o café registra nova baixa. Os lotes para setembro, os mais negociados, valem agora US$ 3,27 a libra-peso, com queda de 1,27%.
Para Antônio Pancieri Neto, da Clonal Corretora de Café, as tensões no Oriente Médio, combinadas com o andamento da safra no Brasil reforçam a perspectiva de queda para o grão na bolsa.
“Esses dois fatores estão se retroalimentando, fazendo os investidores saírem de posições no café e irem em busca de ativos mais seguros, como o ouro”, disse.
Ao falar sobre o andamento da safra brasileira, que está em período de colheita, Pancieri Neto lembra que o mercado ainda não precificou totalmente o impacto de aumento na oferta no curto prazo.
Olhando para o futuro, o corretor acrescenta que as condições são favoráveis para a manutenção de baixa nos futuros do café. “No momento, a ausência de fenômenos climáticos faz com que a safra de 2026 tenha um cenário muito otimista na visão do mercado”.
Os lotes de açúcar para novembro também têm segundo dia de queda, a 16,29 centavos de dólar a libra-peso, 0,33% menos que ontem.
O cacau segue sem direção definida no cenário externo, e se mantém com forte volatilidade. são cotados agora a US$ 9.030 a tonelada, com queda de 1,18%. E, por fim, no mercado do algodão, os papéis para dezembro caem 0,25%, cotados a 67,21 centavos de dólar a libra-peso.