A tecnologia está cada vez mais presente no campo, oferecendo soluções inovadoras para antigos desafios da agricultura e da pecuária. De câmeras térmicas que ajudam a monitorar a saúde de rebanhos a dispositivos que identificam a qualidade de grãos e carnes com base em imagens, a ciência e a criatividade têm transformado o cotidiano rural.
Leia mais
Startup aposta em internet das coisas para monitorar silos
Jovem pesquisa combate aos efeitos do clima em plantas de soja
Nesta lista, a Globo Rural reuniu seis equipamentos e invenções que mostram como a união entre pesquisa, inovação e tecnologia pode tornar o trabalho no campo mais preciso, sustentável e eficiente.
Câmera de calor ajuda a monitorar a saúde do gado leiteiro
Câmera termográfica auxilia no monitoramento da saúde do gado leiteiro
Epamig/Divulgação
A busca por maneiras não invasivas de medir a saúde animal e garantir o bem-estar do rebanho é uma preocupação na pecuária leiteira. A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) pesquisa o emprego de câmeras termográficas para o monitoramento de indicadores de saúde de zebuínos leiteiros.
Com o uso de uma lente especial, é possível captar a radiação térmica emitida pelo gado e avaliar o conforto térmico dos animais, a produção de calor metabólico e identificar fases do ciclo reprodutivo.
IA prevê qualidade da carne com fotos de celular
Estudo foi publicado pela revista Meat Science
Getty Images/Canva
Pesquisadores de três países, Brasil, Canadá e Estados Unidos, desenvolveram um sistema baseado em inteligência artificial capaz de prever a maciez e a gordura intramuscular da carne crua a partir de fotos tiradas com o celular.
O modelo foi alimentado e treinada com imagens de 924 bifes de carne bovina e 514 de carne suína, todas capturadas com celular em ambiente controlado e com iluminação padronizada.
Aparelho analisa grãos de café e ajuda a diferenciar espécies com precisão e rapidez
Dispositivo da startup OptikAI utiliza luz e sensores para analisar a cor dos grãos de café
Divulgação
Uma nova tecnologia com desenvolvimento 100% brasileiro chega ao mercado ainda neste segundo semestre, com a promessa de avaliar grãos de café com mais precisão e agilidade.
O dispositivo eletrônico, desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em parceria com a startup OptikAI, utiliza luz e sensores para analisar a cor dos grãos de café, ajudando a distinguir entre espécies como arábica e robusta.
Bandejas biodegradáveis com casca de mandioca e galhos de araucária
Bandejas biodegradáveis de casca de mandioca e galhos da araucária
Divulgação
Uma mistura que leva casca de mandioca e “grimpas” – galhos da araucária – trituradas e cozidas com água possibilitou a produção de uma bandeja biodegradável. A receita foi criada pelo estudante Lucas Tadao Sugahara Wernick no ano passado, quando ele estava no 8º ano do Colégio Bom Jesus Centro, de Curitiba (PR).
A ideia surgiu durante as aulas de Iniciação Científica, quando Lucas começou a pesquisar os materiais e suas destinações. Segundo a pesquisa, elas levam apenas um mês para se decompor, enquanto uma bandeja de isopor pode levar até 700 anos para desaparecer na natureza.
Aplicativo que utiliza IA para detectar câncer de pele
App-Câncer-de-pele
Divulgação
Dois pesquisadores brasileiros desenvolveram em Harvard, nos Estados Unidos, um aplicativo que utiliza inteligência artificial (IA) para análise em tempo real de fotos de pintas enviadas pelos usuários a fim de rastrear precocemente lesões de pele cancerígenas.
O objetivo, segundo eles, é possibilitar o diagnóstico precoce a uma parcela maior da população, incluindo trabalhadores rurais – um dos grupos mais suscetíveis à doença
Fertilizante de vidro busca trazer economia no manejo do solo
Pesquisa sobre fertilizante de vidro do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da Universidade São Paulo (USP)
USP/Divulgação
Pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da Universidade São Paulo (USP) criaram um fertilizante de vidro que oferece uma alternativa inovadora para o manejo do solo e o meio ambiente. O novo fertilizante foi desenvolvido em parceria com a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) e com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
*Sob orientação de Marcelo Beledeli