Para quem pensa em cães de pastoreio, a imagem costuma remeter a raças como Border Collie, Boiadeiro Australiano ou até mesmo um Ovelheiro-Gaúcho. No Rancho Shalom, em Jacareí, São Paulo, porém, quem corre atrás das ovelhas é o Bolota, um Pug que assumiu a função por conta própria.
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Em entrevista à Globo Rural, o tutor Rodsney Evangelista conta que o Bolota chegou ao rancho como pet da sobrinha, Alice. Nos primeiros dias, era um filhote curioso e atento ao movimento constante do lugar. Galinhas, pavões, avestruzes e outras rotinas chamavam sua atenção e, com o tempo, ele passou a acompanhar de perto a lida com os animais.
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Ele relata que a virada foi a chegada de um carneirinho órfão que passou a fazer companhia para o Bolota. Os dois cresceram juntos e criaram vínculo. Quando o carneiro foi integrado ao rebanho, o Pug tentou ir atrás, e ali surgiu seu primeiro contato com o pastoreio.
A partir desse episódio, o cachorro passou a correr atrás das ovelhas com regularidade. Não houve treinamento específico: o comportamento apareceu de forma espontânea, fruto da convivência e do ritmo diário no rancho. Rodsney começou a registrar esse dia a dia nas redes sociais. Hoje, seu Instagram reúne mais de 20 mil seguidores interessados em acompanhar as atividades do “agro pug”.
“Um dos momentos que mais anima o Bolota é quando o quadriciclo é ligado. Mesmo à distância, ele escuta o motor e corre para acompanhar o trajeto”, conta.
Bolota segue o veículo pelo campo até cansar, parte da rotina diária. No fim da tarde, por volta das 17h30, o Pug já sabe que é hora de recolher as ovelhas e participa do processo com naturalidade, repetindo o ritual todos os dias.